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Europa – «PS tem as suas propostas há muito tempo em cima da mesa»

Europa – «PS tem as suas propostas há muito tempo em cima da mesa»

O secretário-geral do PS afirmou hoje que cabe ao Governo e maioria PSD/CDS moverem-se para que exista um acordo sobre matéria europeia e advertiu que Portugal já tem uma posição formal para o próximo Conselho Europeu.

“Se a maioria PSD/CDS está disponível para se aproximar das propostas do PS que rejeitou em maio passado, isso é uma boa notícia para Portugal. Mas quem tem de se mover é a maioria PSD/CDS e o Governo, porque o PS tem as suas propostas já há muito tempo em cima da mesa”, declarou António José Seguro na Assembleia da República, depois de ter encerrado um colóquio promovido pelo PS subordinado ao tema “Água um bem comum”.

O líder do PS sustentou que “Portugal já tem uma posição. A Assembleia da República aprovou uma resolução que defende um ato adicional para o crescimento e emprego, o reforço e a recapitalização do Banco Europeu de Investimentos (BEI) e uma taxa sobre as transações financeiras. Perante uma situação europeia que se agrava cada vez mais nos planos económico e social, o que está em cima da mesa é a necessidade de se tomarem outras medidas que sejam mais robustas”.

Segundo o líder socialista, a partir de agora, “se o Governo pretender evoluir e aproximar-se das posições do PS, designadamente daquelas que rejeitou em maio [eurobonds e reforço dos poderes do Banco Central Europeu], haverá o maior gosto em poder voltar a apresentar essas propostas para que sejam adotadas”.

O PS “insistirá na defesa da mutualização de parte da dívida e de um reforço do papel do Banco Central Europeu. Se o Governo quer ir mais longe, isso é uma boa notícia”, salientou.

Sobre a situação de crise financeira em Espanha e Itália, António José Seguro defendeu a necessidade de “uma solução robusta, coerente e articulada”.

“Paliativos não resolvem o problema. De uma vez por todas, é altura de a Europa assumir posições políticas com coragem e com ambição para enfrentar a crise económica e social”, disse.