Europa junta-se a Portugal no compromisso de atingir até 2050 a neutralidade carbónica
O primeiro-ministro mostrou-se esta manhã, em Bruxelas, muito satisfeito por quase todos os Estados-membros se terem associado ao compromisso já assumido anteriormente por Portugal de cumprir até 2050 o objetivo da neutralidade carbónica, referindo António Costa a este propósito haver “boas razões para estar 90% satisfeito” com as conclusões adotadas no Conselho Europeu sobre esta matéria.
Quanto ao único país que ficou de fora, a Polónia, António Costa preferiu não atribuir uma relevância especial a essa posição, lembrando que o assunto “voltará a ser discutido pelos líderes europeus em junho”, altura em que se saberá se a Polónia está já ou não em condições de assumir esse compromisso”.
Perguntado pelos jornalistas se a ausência de unanimidade entre os 27 não compromete de algum modo o Pacto Ecológico Europeu apresentado na passada quarta-feira pela nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro português realçou que “até agora não tinha sido possível qualquer tipo de consenso” e “agora já houve uma posição muito clara de 26 países a assumirem já este compromisso”.
No final do primeiro dia de cimeira, já na madrugada de sexta-feira, o novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou “um acordo sobre a neutralidade carbónica até 2050”, após discussões intensas entre os líderes europeus, tendo a Polónia ficado de fora, mas sem bloquear as conclusões do Conselho.