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Eurodeputados socialistas lamentam “pequena política” da direita portuguesa

Eurodeputados socialistas lamentam “pequena política” da direita portuguesa

Os eurodeputados socialistas Carlos Zorrinho, Pedro Marques e Pedro Silva Pereira insurgiram-se ontem, no Parlamento Europeu, perante a agenda de “pequena política” nacional introduzida pelos parlamentares Paulo Rangel e Nuno Melo no debate em torno das prioridades da presidência portuguesa da União Europeia, que levou o primeiro-ministro, António Costa, ao hemiciclo de Bruxelas.
Eurodeputados socialistas lamentam “pequena política” da direita portuguesa

Após a intervenção de Paulo Rangel (PSD), que optou por criticar o governo português no combate à pandemia de Covid-19 e sobre a nomeação para a Procuradoria Europeia, Pedro Marques lamentou que “um deputado do Partido Popular Europeu” tenha optado por “desafinar do resto da câmara, nacionalizar o debate e atacar o primeiro-ministro de Portugal”.

“Registo com pesar esta escolha do PPE e do PSD, mas adiante, que este não é o tempo para a pequena política, porque a presidência portuguesa começa com grandes desafios”, disse.

Já antes, e também sobre a intervenção do deputado social-democrata, o líder da delegação do PS ao Parlamento Europeu, Carlos Zorrinho, afirmara que é sabido, “até por experiência na política interna de Portugal, que há quem não hesite em propagar ‘inventonas’ para enfraquecer a capacidade de cumprir a missão”.

“E foi o que fez, aliás, na sua intervenção o deputado Paulo Rangel. No debate desta tarde tudo será de novo esclarecido sobre a nomeação do Procurador europeu por Portugal, e espero então que o senhor deputado tenha a humildade de pedir desculpa”, disse, referindo-se ao debate no qual a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, faria uma declaração em nome do Conselho sobre o tema, que foi também explorado pelo deputado Nuno Melo (CDS-PP).

Falando imediatamente a seguir, o socialista Pedro Silva Pereira repudiou, também, as intervenções dos parlamentares portugueses dos partidos da direita, considerando “lamentável que alguns, felizmente muito poucos, queiram usar o palco do Parlamento Europeu para a sua pequena guerrinha política nacional”.