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Eurodeputados socialistas dão contributo decisivo para debate histórico

Eurodeputados socialistas dão contributo decisivo para debate histórico

O plenário do Parlamento Europeu foi hoje palco de um debate histórico sobre a reforma da zona euro, sendo a primeira vez que o atual presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, esteve em Estrasburgo para discutir propostas concretas para o aprofundamento da União Económica e Monetária (UEM).
Tal como está não terá voto favorável dos eurodeputados do PS

Os eurodeputados debateram com Dijsselbloem e com o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, as prioridades económicas e sociais para o próximo ano. Neste debate foram apresentadas importantes propostas para que a União Europeia possa definitivamente sair de um quadro macroecónomico marcado pelo perigo de estagnação, pelo baixo investimento, por divergências socioeconómicas e por elevadas taxas de desemprego. Os líderes europeus reconheceram que é preciso fazer mais para que a UE tenha condições para ultrapassar a crise e para criar um espaço de crescimento e convergência.

Durante este debate, Maria João Rodrigues, vice-presidente do grupo S&D para as áreas económicas e sociais, salientou “o momento histórico” possibilitado pelo debate e sublinhou que “há sinais de mudança no que toca às prioridades na agenda económica europeia que devem ser aproveitados”. No entanto, a eurodeputada alertou que “a zona euro continua a gerar desequilíbrios e divergências em vez de gerar convergência” e apelou às instâncias europeias para “tornarem a UEM num espaço de crescimento e emprego, através de uma maior capacidade para investir”. “Para que isso seja possível, cada país deve fazer um esforço próprio com base em investimento e reformas adequadas, mas tem que contar com instrumentos de apoio ao nível europeu que ainda não existem: completar a União Bancária e, acima de tudo, desenvolver uma capacidade orçamental para que os Estados-membros possam fazer o que não conseguem por estarem submetidos a uma disciplina orçamental comum”, defendeu.

Elisa Ferreira defendeu, por seu lado, que é preciso “preparar urgentemente o estabelecimento das condições para criar uma capacidade orçamental” para a zona euro. “Sem um orçamento reforçado, a união monetária não pode funcionar”, frisou. Para a eurodeputada socialista, “as instituições europeias também precisam de respeitar e cumprir todas as promessas feitas na união bancária, sobretudo, criando com urgência a indispensável rede de segurança permanente para o Mecanismo Único de Resolução, acelerando a Garantia Comum de Depósitos e permitindo que o Mecanismo Europeu de Estabilidade passe a recapitalizar diretamente os bancos”.