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Eurobarómetro: Portugueses confiam na União Europeia

Eurobarómetro: Portugueses confiam na União Europeia

Eurobarómetro: Portugueses confiam na União Europeia

O último relatório do Eurobarómetro diz que a maioria dos portugueses confia na União Europeia. Quando questionados sobre se se sentem cidadãos da União Europeia, 78 por cento dos portugueses responderam afirmativamente (média europeia: 71 por cento). Este valor coloca Portugal pouco abaixo da Espanha (83 por cento) e bastante acima da Itália (59 por cento) e da Grécia (52 por cento).

Em Portugal, o sentimento de cidadania europeia é maior entre os homens (83 por cento) do que entre as mulheres (74 por cento), e bastante fraco entre os mais idosos (apenas 49 por cento dos indivíduos com mais de 75 anos afirmam sentir-se europeus, contra 91 por cento dos jovens dos 15 aos 24 anos). Posicionam-se também abaixo da média nacional os indivíduos que deixaram de estudar com 15 ou menos anos (68 por cento), as domésticas (67 por cento) e os reformados (59 por cento). Em termos longitudinais, o valor apurado em Portugal representa um regresso ao padrão do outono de 2016, após um período de taxas mais elevadas (83 por cento na primavera de 2018 e uma média de 81 por cento em 2017).

Neste relatório de outono, realizado entre os dias 8 e 19 de novembro de 2018, 53 por cento dos portugueses afirmaram ter uma imagem positiva da União Europeia e 34 por cento exprimiram uma opinião neutra.  A proporção de portugueses com uma imagem positiva da União Europeia é dez pontos percentuais mais elevada que a média dos Estados-membros (43 por cento), e a percentagem que exprime uma imagem negativa (12 por cento) é quase metade do valor médio europeu (20 por cento). Na Grécia e na Chéquia, as percentagens de cidadãos que olham de forma negativa para a União Europeia são as mais altas (35 e 32 por cento, respetivamente), sendo estes os dois únicos países em que estes grupos são maiores do que os que expressam uma imagem positiva (25 e 28 por cento, respetivamente).

Os portugueses também se distinguem pela confiança que depositam na União Europeia. De facto, 55 por cento dos cidadãos nacionais afirmaram confiar na União Europeia, contra uma média europeia de 42 por cento. Portugal é o sexto país com a maior taxa de confiança na União Europeia, depois da Lituânia (65 por cento), Dinamarca (60 por cento), Suécia (59 por cento), Holanda (57 por cento) e Malta (56 por cento), e distingue-se claramente de Espanha, Grécia e Itália, cujas taxas variam entre os 26 e os 38 por cento. Aliás, sete em cada dez gregos afirmam que tendem a desconfiar da União Europeia, sendo este o valor mais elevado no conjunto dos Estados-membros. Para além disso, 69 por cento dos portugueses discordam da ideia de que o seu país enfrentaria melhor o futuro fora da União Europeia. Trata-se de uma proporção consideravelmente superior à média europeia (61 por cento). A Itália e o Reino Unido destacam-se pela pouca diferença entre as proporções de cidadãos que defendem (43 e 44 por cento, respetivamente) e rejeitam (48 e 42 por cento, respetivamente) a possibilidade de o seu país ser mais capaz de enfrentar o futuro fora da União Europeia. Por outro lado, são os holandeses quem mais veementemente rejeita esta ideia (87 por cento).

Em Portugal, 67 por cento dos cidadãos estão otimistas em relação ao futuro da União Europeia, sendo este um valor superior à média europeia (58 por cento). O pessimismo é maior que o otimismo apenas na Grécia; em três países há um equilíbrio relativo entre otimistas e pessimistas (França, Reino Unido e Itália); noutros quatro, o otimismo é ligeiramente mais frequente que o pessimismo (Chipre, Chéquia, Hungria, Áustria). Contudo, na maioria dos países, entre os quais se encontra Portugal, o otimismo é prevalecente. A diferença entre otimistas e pessimistas em Portugal (42 pontos percentuais) corresponde ao dobro da diferença média na União Europeia (21 pontos percentuais).

No que diz respeito às atitudes dos portugueses em relação à Europa, o sentimento de cidadania europeia continua a ser prevalecente, e as percentagens de portugueses que confiam na União Europeia e acham que a sua imagem é positiva ultrapassam os 50 por cento. A maioria dos portugueses rejeita a ideia de que o país poderia enfrentar melhor o futuro fora da União Europeia e está otimista em relação ao seu futuro.

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