Eurico Dias: “O caminho de destruição de emprego parece não ter fim”

O secretário nacional do PS Eurico Brilhante Dias defendeu hoje que os números do desemprego revelados pelo Eurostat são o sinal que “o caminho de destruição de emprego parece não ter fim” e argumenta que é preciso abandonar essa via de “empobrecimento acelerado”.

“É preciso mudar de caminho, este caminho de empobrecimento acelerado, este caminho de aumento do desemprego e das falências, este estado de braços caídos que não revela a mínima ação do Governo para inverter este caminho. É urgente que o Governo tome medidas necessárias para que Portugal possa não só consolidar as contas públicas, mas que possa ter futuro para as novas gerações, baseado na criação de riqueza, na criação de emprego”, afirmou.

Em declarações na sede nacional, o dirigente do PS argumentou que os dados mostram que “o caminho de destruição de emprego parece não ter fim”, revelando que “Portugal, num ano, tem mais 140 mil desempregados, quase mais três por cento do que em julho de 2011”.

“Este valor tem particular gravidade quando não regista este ano o efeito do emprego sazonal na época de verão. Portugal apresenta um dos seus piores registos de sempre, que é acompanhado por um desemprego jovem, que tem crescido de forma muito, muito significativa, cinco veze mais do que a média comunitária no último ano”, declarou.

Eurico Dias conjugou os dados recentes da unidade técnica de apoio orçamental (UTAO) da Assembleia da República e da OCDE e fez uma “avaliação global” do desempenho do Executivo.

“Temos muito mais desemprego, mais empresas a falir, temos um exercício orçamental em risco quer pelo lado das receitas, quer pelo facto de a consolidação pelo lado das despesas estar a ser conseguida com medidas de natureza extraordinária [corte dos subsídios aos funcionários públicos] e temos um futuro a curto prazo que se revela também ele muito sombrio segundo as perspetivas das diversas instâncias internacionais”, sustentou.