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Eurico Brilhante Dias defende um “Parlamento alerta” que combata “os radicalismos simplificadores com propostas concretas”

Eurico Brilhante Dias defende um “Parlamento alerta” que combata “os radicalismos simplificadores com propostas concretas”

O deputado do Partido Socialista Eurico Brilhante Dias defendeu hoje, no Parlamento, que os verdadeiros democratas devem utilizar as instituições democráticas e a força dos argumentos como “arma para combater a obscuridade” daqueles que não confiam na democracia.

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Eurico Brilhante Dias

Eurico Brilhante Dias, que falava depois da eleição de Augusto Santos Silva como presidente da Assembleia da República, considerou que o socialista e ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros é quem está “mais bem preparado para enfrentar uma legislatura que é, seguramente, desafiante enquanto presidente”.

O deputado do PS frisou, em seguida, que “o combate daqueles que não confiam na democracia e na liberdade como forma de convívio em comunidade” deve ser feito “valorizando as instituições democráticas e fazendo dos argumentos a melhor arma para combater a obscuridade”.

“Os democratas, quem acredita na liberdade individual, na democracia, quem é radicalmente democrata, aqueles que na raiz da sua opção política acreditam na democracia sabem que o Parlamento e as instituições democráticas são património que não podemos deixar de lado, que temos que cuidar”, referiu Eurico Brilhante Dias, que lembrou que Augusto Santos Silva disse, na sua intervenção, que é necessário usar “os pontos de interrogação para combater a simplificação dos pontos de exclamação”.

O parlamentar sublinhou que a bancada socialista “tem as suas raízes no combate ao fascismo”. “Todos nós, nesta bancada, sabemos bem porque é que o Partido Socialista foi fundado na Alemanha e não em qualquer cidade ou vila de Portugal. Foi um combate travado durante décadas e quando o 25 de Abril de 1974 cumpre 50 anos, sabemos que é não apenas o momento de celebrar, mas é o momento de evocar essa luta e defendê-la todos os dias com a palavra neste Parlamento”, sustentou.

Eurico Brilhante Dias admitiu que a legislatura que agora se inicia acarreta muitos desafios e que, “no seu dealbar, teria já o combate aos efeitos nefastos da pandemia, teria já a grande necessidade de implementar o Plano de Recuperação e Resiliência, que teria que voltar a olhar para os instrumentos de apoio às empresas e às famílias para que elas pudessem recuperar níveis de rendimento para procurarmos recuperar também níveis de emprego”.

E acrescentou que o combate ao “impacto severo que teve a pandemia nas nossas vidas” ainda não acabou, mas este “Parlamento terá, seguramente, uma palavra importante no acompanhamento das políticas públicas e nas iniciativas que teremos que desenvolver, naturalmente também de controlo da atividade do Governo, para garantir que essa recuperação se faz e que é uma recuperação justa”.

Para além da pandemia, chegou também a guerra à Ucrânia. Ora, com a chegada da guerra vieram “aumentos de preços substantivos naquele que é o cabaz fundamental de compras das famílias portuguesas”. Por isso, este contexto “precisa de um Parlamento alerta e de um Parlamento que combata os nacionalismos, os radicalismos simplificadores com propostas concretas e com uma aproximação à vida concreta e real dos portugueses”, vincou.

Aqui, Eurico Brilhante Dias elogiou o trabalho desempenhado pelo Parlamento na XIV legislatura “e, em particular, do seu presidente Eduardo Ferro Rodrigues” durante a pandemia, assegurando que na presente legislatura o Grupo Parlamentar do PS quer dar continuidade a este “papel central na manutenção do regular funcionamento das instituições”.

“O Partido Socialista estará neste Parlamento, como sempre, radicalmente democrata na defesa dos valores de sempre da nossa democracia, da liberdade, para celebrar nesta legislatura os 50 anos do 25 de abril de 1974, dos 50 anos da Constituição e para estar neste Parlamento aberto à discussão e à intervenção sempre de todas as forças democráticas, da esquerda à direita democrática, aberto, plural, como sempre central foi o Partido Socialista desde 1974”, atestou.

Edite Estrela indicada pelo PS para presidir sessão de abertura da XV legislatura

Já na abertura da sessão plenária desta manhã, coube a Eurico Brilhante Dias, enquanto deputado do maior Grupo Parlamentar representado no hemiciclo, designar o deputado para presidir à sessão, uma vez que o novo presidente da Assembleia da República só foi eleito durante a tarde.

Edite Estrela foi, “muito merecidamente”, a escolha do Partido Socialista “por todo o trabalho desenvolvido, mas também por ter sido uma exemplar vice-presidente da Assembleia da República na anterior legislatura”, frisou o socialista, sentado ao lado de Ana Catarina Mendes.

Eurico Brilhante Dias, que aproveitou para “saudar os 230 deputados eleitos pela expressão do voto popular livre e democrático, como só o 25 de abril de 1974 nos permitiu”, deixou um grande elogio ao mandato do anterior presidente do Parlamento, Eduardo Ferro Rodrigues, que não é deputado nesta legislatura.

Asseverando que Ferro Rodrigues foi um presidente em que o PS se orgulhou de ter votado, Eurico Brilhante Dias salientou que, “ética e republicanamente, cumpriu o seu mandato de forma única”.

“Eduardo Ferro Rodrigues veio na senda de outros presidentes deste hemiciclo, de diferentes partidos políticos – há que sublinhar –, que honraram a República e a democracia portuguesa e, por isso, este Grupo Parlamentar quer expressar não só o agradecimento, mas um forte reconhecimento ao Eduardo Ferro Rodrigues”, acrescentou.

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