“À direita só há uma palavra: destruir. Quando investimos no público, a solução é privado. Quando queremos melhores serviços públicos, a ideia é destruir serviços públicos e transferir para o privado. Quando queremos uma TAP pública como elemento central e estratégico, ainda que integrado em grandes grupos e alianças internacionais, os senhores dizem que não é suficiente”, alertou o presidente do Grupo Parlamentar do PS no segundo dia de discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2024.
Num discurso dirigido à direita, Eurico Brilhante Dias notou que “a oposição fala de educação, mas não fala dos alunos, não diz, por exemplo, que a taxa de abandono escolar nos últimos oito anos se reduziu para metade”.
A oposição “fala de negociação com os professores e esquece que uma parte do tempo de serviço já foi recuperada, que foi encontrado um mecanismo de aceleração na progressão para aqueles que foram mais penalizados e esquece que há professores que foram convidados pelo PPD/PSD a emigrar”, sendo que, “para esses, não há recuperação de tempo de serviço possível”, recordou.
Já sobre saúde, “esquecem que temos uma nova lei de bases de saúde, esquecem que temos um estatuto SNS, um diretor executivo, esquecem que estamos a negociar aumentos quer com médicos, mas também com os enfermeiros”, indicou Eurico Brilhante Dias, insistindo que “foi este SNS, no momento decisivo da pandemia, que esteve ao lado dos portugueses”.
Relativamente às críticas sobre a TAP, o líder parlamentar socialista assegurou que “continua a ser um pivô fundamental do turismo nacional”: “A TAP de que os senhores falam é aquela que hoje, por intervenção do Governo do PS, continua a exportar serviços e a contratar com milhares de empresas portuguesas para continuar a levar as comunidades portuguesas aos territórios e também para virem a Portugal”.
“Continua a ser uma empresa que, acima de tudo, contribui positivamente para o Orçamento do Estado com resultados positivos”, congratulou-se.
País não vai parar
“Orgulhamo-nos do trabalho feito na saúde, na educação, na TAP. O nosso legado está aos olhos dos portugueses e é por isso que o único discurso positivo neste hemiciclo é o do PS”, declarou o presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.
Acusando o PSD de fazer “com que o país ande para trás”, Eurico Brilhante Dias vincou que, com o PS, “o país não vai parar, nem a 10 de março”, dia das eleições legislativas antecipadas.