Estruturar a floresta portuguesa para gerar mais riqueza no país
Depois de acentuar a importância do ordenamento florestal como forma de “minimizar o risco de incêndios” e de tornar a floresta “mais robusta e mais resiliente ao fogo”, António Costa lamentou que a prática seguida na reflorestação nos territórios ardidos tenha sido, como regra, “meramente confiada à natureza e não objeto do devido ordenamento florestal”.
Reconhecendo que se deram passos importantes nos últimos anos, quer nos meios existentes de combate aos incêndios florestais, quer no próprio sistema de prevenção, o primeiro-ministro alertou, contudo, para a necessidade de se avançar, o mais rápido possível, para a estruturação de uma floresta mais robusta, “suscetível de criar riqueza” e de gerar maior rendimento para todos, salientando que face às caraterísticas da floresta portuguesa, “onde 90% é privada”, é essencial dotar as autarquias dos instrumentos legais e eficazes para poderem intervir “apoiando os proprietários produtivos e fazendo-se substituir “aos não produtivos”.
Acompanhado pelos ministros da Agricultura, Capoulas Santos, do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, António Costa realçou o “excelente trabalho” que tem vindo a ser feito na área florestal do município de Mação, considerando-o modelar e um “exemplo de boas práticas para todos os municípios”.
Para o primeiro-ministro, é necessário criar uma floresta “mais diversificada nas suas espécies”, mais ordenada e “com menos árvores”, o que significa também “uma floresta com menos riscos de ser destruída pelos incêndios” e, portanto, “suscetível de gerar riqueza para os seus proprietários e para a economia nacional”.