Estratégia pós-2020 apela a um pacto de regime em defesa da região
“Se há matéria em que os açorianos exigem que os partidos políticos estejam unidos é nesta, que diz respeito à definição de prioridades de desenvolvimento da região”, afirmou o vice-presidente parlamentar Francisco César, dando como exemplos de áreas estratégicas a qualificação e formação dos recursos humanos, a par dos apoios à agricultura e às pescas.
Francisco César falava no encerramento no encerramento das Jornadas Parlamentares dos socialistas açorianos, em São Jorge, que tiveram as “Políticas Europeias no Pós-2020” como tema central.
O vice-presidente do Grupo Parlamentar socialista sublinhou que, além da auscultação que o Governo regional em feito nos últimos meses junto da sociedade civil, com várias reuniões com partidos políticos e parceiros sociais, esta parceria “também deve ser complementada pelos partidos políticos com representação parlamentar”.
“Iremos discutir no próximo plenário a estratégia no pós-2020 em termos de fundos comunitários e aquilo que devem ser as prioridades da região. O Governo irá fazer esta apresentação. Nós iremos debater, discutir e todos os partidos terão oportunidade de explicar o seu ponto de vista, mas há a possibilidade de nós criamos um pacto de regime sobre aquilo que achamos que devem ser os pilares de desenvolvimento a partir de 2020”, advogou.
Francisco César recordou que a nível europeu se vive atualmente um cenário de alguma incerteza, o que reforça a exigência do desafio. “Temos novas prioridades que foram elencadas pela União Europeia e pelos Estados-membros, nomeadamente ao nível de novas políticas – políticas de segurança, de defesa e de migração – que vão exigir mais do orçamento comunitário. Temos também incertezas por causa da saída do Reino Unido, da União Europeia”, referiu.
Quanto à estratégia regional, o vice-presidente da bancada socialista destaca a necessidade dos Açores se valorizarem enquanto região que “tem das melhoras taxas de execução de fundos comunitários” e que dá uma “grande projeção atlântica” à União Europeia, razões que, no entender de Francisco César, reforçam a sua legitimidade negocial para estabelecer uma relação de parceria com a Europa.