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“Estou profundamente grato aos portugueses por me terem dado a oportunidade e a honra de …

“Estou profundamente grato aos portugueses por me terem dado a oportunidade e a honra de …

José Sócrates anunciou que pediu ao presidente do PS que desencadeie com urgência o processo para eleger uma nova direção do PS, dizendo que se afastará da primeira linha política e que não ocupará qualquer cargo político.

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Leia aqui o discurso na íntegra…

 

O secretário-geral do PS falava em conferência de imprensa, assumindo a responsabilidade pela derrota e disse que é chegado o momento de abrir um novo ciclo no PS.
Nesse sentido, referiu que pediu ao presidente do PS, Almeida Santos, para que convoque com urgência a Comissão Nacional dos socialistas, de forma a que seja marcado um congresso extraordinário, tendo em vista eleger uma nova direção.
“Regresso à condição de militante de base. Deixarei a primeira linha da atividade política e não pretendo ocupar qualquer cargo político”, frisou.
O secretário-geral do PS prometeu hoje que dará todo o espaço para que os socialistas escolham livremente o seu futuro e abram um ciclo com nova liderança, razão pela qual se afastará já da primeira linha política.
 “Não me escondo atrás das circunstâncias, esta derrota eleitoral é minha e quero assumi-la por inteiro esta noite. Entendo, por isso, que é chegado o momento de abrir um novo ciclo político na liderança do PS”, disse, ouvindo depois vários militantes a exclamarem “não, não”.
Sócrates pediu então aos apoiantes para não tornarem a sua declaração ainda mais difícil e prosseguiu: “Pedi já ao presidente do PS, Almeida Santos, para convocar para os próximos dias a Comissão Nacional de modo a marcar um congresso extraordinário, por forma a desencadear tão depressa quanto possível o processo de uma nova liderança e uma nova direção para o PS”.
Sócrates disse que, pela sua parte, encerra hoje “mais uma etapa de um longo percurso de 23 anos de exercício das mais diversas funções políticas”.
“Estou profundamente grato aos portugueses por me terem dado a oportunidade e a honra de servir o meu país e os meus compatriotas. Regresso por isso com orgulho à honrosa condição de militante de base do PS e quero dar espaço ao PS para discutir livremente o seu futuro e afirmar uma nova liderança sem qualquer condicionamento. Deixo por isso a primeira linha da atividade política e não pretendo ocupar qualquer cargo político nos tempos mais próximos”, declarou.
Na sua declaração, o secretário-geral cessante do PS deu também uma explicação para a derrota sofrida pelo seu partido, alegando que os socialistas disputaram estas eleições “em circunstâncias nacionais e internacionais difíceis”.
“Mas é preciso também dizer que, na atuais circunstâncias, o PS teve um resultado que dignifica o PS e dignifica o seu papel na História da democracia em Portugal”, sustentou.
O secretário-geral do PS desejou hoje “o melhor” ao futuro primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, dizendo esperar que encontre no fundo de si a sabedoria, a prudência e o sentido de justiça no atual momento de crise.
Na sua declaração, antes de anunciar a sua demissão do cargo de secretário-geral do PS, José Sócrates felicitou o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, pela sua vitória nas eleições legislativas.
“Já tive a ocasião de felicitar por telefone o doutor Pedro Passos Coelho e quero renovar essas felicitações aqui, de forma pública – e peço a todos os socialistas que me acompanhem neste cumprimento democrático a quem venceu estas eleições”, declarou.
A seguir, José Sócrates disse desejar ao futuro primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, “o melhor, que as coisas lhe corram bem face à tarefa que tem pela frente”.
“Desejo sinceramente o que desejaria para mim próprio e para qualquer outro que os portugueses escolhessem neste tempo de dificuldades. Desejo que encontre no fundo de si mesmo a sabedoria, a prudência e o sentido de justiça para liderar este país”, afirmou.
Neste contexto, o líder socialista reiterou a sua convicção que o país “precisa de sentido de responsabilidade e espírito de compromisso”.
“Nunca o país precisou tanto de diálogo e de compromisso e isso não mudou com o resultado das eleições. Reafirmo portanto a disponibilidade do PS para o diálogo e para os compromissos e entendimentos que, em coerência com o seu projeto, sejam necessários para que o país possa atravessar esta crise que atravessamos”, acrescentou.