Este é um Governo para cumprir a legislatura
Comentando a atualidade política, o também secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares desdramatiza divergências que não trazem qualquer novidade às posições que já eram conhecidas e reitera que todos os partidos que apoiam o Executivo continuam a trabalhar para cumprir a legislatura.
“Ao fim de um ano, com reposição de direitos e de salários, temos resultados para apresentar: A economia está a crescer, as exportações aumentam, o desemprego desce e o défice em 2016 não será superior a 2,3%”, afirmou, sublinhando que estas são razões suficientes para explicar que não haja qualquer desejo por eleições antecipadas em Portugal.
“Isto, quando o fator da estabilidade política é a mais valia que Portugal apresenta no atual contexto europeu e mundial”, reforçou.
O dirigente socialista salientou depois que, entre os partidos que apoiam a atual solução de Governo, “sabemos todos que temos muito trabalho pela frente”, trabalho esse que está a ser feito diariamente.
“Trabalho todos os dias com o Bloco de Esquerda, PCP e ‘Os Verdes’, sei o que estamos a trabalhar e sei que a intenção de todos é termos Governo até 2019”, garantiu Pedro Nuno Santos.
Divergência sobre TSU não traz qualquer dado novo
Sobre a divergência em torno da descida da TSU, o governante lembrou que esta “era já conhecida há um ano”, não introduzindo qualquer dado novo nas posições de cada um dos partidos, e em tudo “idêntica àquela que se verificou logo no início do ano passado por causa da resolução do Banif”.
“O segredo desta solução governativa é que as diferentes forças políticas conseguem entender-se em torno daquilo que é estruturante para a governação e para a estabilidade governativa. Ao mesmo tempo, cada um dos partidos preserva a sua identidade política”, sustentou.
Reafirmando a certeza de que a esmagadora maioria dos socialistas revê-se no trabalho e nos resultados que têm vindo a ser realizados pelo atual Governo, o que Pedro Nuno Santos descarta em absoluto é a disponibilidade do Executivo do PS para fazer as reformas que a direita queria, dando o exemplo da privatização da segurança social.
“Essas, na realidade, não são possíveis com este Governo. E não são possíveis, não por causa do PCP ou do Bloco de Esquerda, mas porque o PS não as quer”, frisou.