“Este é o tempo de serem os partidos políticos a apresentarem, defenderem as suas …

O dirigente socialista Augusto Santos Silva afirmou hoje que é este é o tempo de os partidos serem “os protagonistas”, numa resposta à declaração do Presidente da República sobre a proposta social-democrata de diminuição da taxa social única.

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“O meu comentário é muito simples, agora é o tempo pré-eleitoral e eleitoral, agora é o tempo de os partidos políticos apresentarem as suas propostas, e de serem os partidos os protagonistas do debate político”, disse Augusto Santos Silva quando questionado pelos jornalistas sobre a posição assumida pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
“Estou certo que todos nós compreendemos que este é o tempo de ser os partidos políticos apresentarem, defenderem as suas propostas, debaterem as propostas uns dos outros e submeterem-se ao escrutínio eleitoral”, acrescentou Augusto Santos Silva.
O dirigente socialista falava numa conferência de imprensa na sede do PS, em Lisboa, sobre o programa eleitoral do PSD.
O dirigente socialista Augusto Santos Silva desafiou ainda, os sociais-democratas a concretizarem a forma de redução da taxa social única (TSU), argumentando que a revisão do IVA já prevista está comprometida com redução do défice.
Augusto Santos Silva disse ser “falso” o argumento social-democrata segundo o qual a redução em quatro pontos percentuais da TSU pode ser compensada com “revisão da lista de bens sujeitos às diferentes taxas de IVA e na atualização dos impostos sobre o consumo já previstos no atual programa de ajustamento negociado com as instituições europeias”.
“A receita estimada, cerca de 410 milhões de euros, com a revisão da lista de bens sujeitos às diferentes taxas de IVA, e a receita estimada com a atualização de certos impostos sobre o consumo, 250 milhões de euros, estas duas receitas já estão previstas no programa de ajustamento como contribuição do lado da receita para a redução do défice orçamental”, afirmou.
O PS estima que a redução da TSU proposta pelo PSD provocará uma quebra de “1600 milhões de euros” no “financiamento da segurança social pública”.
“Como, com que aumento de impostos é financiada essa redução do financiamento da segurança social pública?”, questionou Augusto Santos Silva.