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“Estamos perante uma candidatura que honra o país e à qual o PS adere”

“Estamos perante uma candidatura que honra o país e à qual o PS adere”

O secretário geral do PS, José Sócrates, afirmou desejar “convictamente” a vitória de Manuel Alegre nas próximas eleições presidenciais e adiantou que pessoalmente se empenhará nesse acto eleitoral. Também o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, salientou a ampla maioria com que o seu partido decidiu apoiar a candidatura de Manuel Alegre, mas advertiu que não poderão fazer-se leituras políticas globais em torno dos resultados das eleições presidenciais.

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José Sócrates manifestou-se no final da reunião da Comissão Nacional do PS, que decidiu por ampla maioria (dez votos contra e uma abstenção) que este partido apoiará a candidatura presidencial de Manuel Alegre.
O secretário geral do PS congratulou-se com a aprovação da sua proposta de apoio a Alegre, dizendo que todos os membros da Comissão Nacional do seu partido “compreenderam muito bem” os seus argumentos.
“A minha proposta [de apoio a Alegre] foi baseada na ética da responsabilidade. Um partido tem de decidir. Não pode decidir não decidir”, disse, numa alusão crítica à corrente anti Manuel Alegre, que entendia que o PS deveria partir para as eleições presidenciais com liberdade de voto, sem apoiar qualquer candidato.
Para José Sócrates, a corrente anti Alegre “tinha uma opção que não fazia sentido para o PS”.
“Apoio Manuel Alegre de forma convicta, em nome de uma visão progressista para o país. Acho que Manuel Alegre é um homem de cultura, um homem de espírito, que conhece a cultura e a História portuguesa. Entendo que estamos perante uma candidatura que honra o país e à qual o PS adere”, justificou.
José Sócrates fez questão de frisar que a decisão de apoiar Manuel Alegre nas eleições presidenciais “não é apenas um apoio formal”
“Eu quero também que o Manuel Alegre ganhe”, acentuou.
 “O PS é autónomo relativamente a todas as forças políticas e a todos os movimentos sociais. O que o PS neste momento decidiu foi apoiar Manuel Alegre. Estou empenhado em que Manuel Alegre ganhe as eleições presidenciais”, acrescentou.
Em conferência de imprensa, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, salientou a ampla maioria com que o seu partido decidiu apoiar a candidatura de Manuel Alegre, mas advertiu que não poderão fazer-se leituras políticas globais em torno dos resultados das eleições presidenciais.
O líder da bancada socialista advertiu que, em caso de derrota de Manuel Alegre nas eleições presidenciais, “todos os socialistas se sentirão também derrotados”.
Francisco Assis fez também questão de separar as eleições presidenciais de outros planos políticos: “Não confundimos os planos. Uma coisa é o plano das presidenciais e outra coisa é o plano parlamentar”, afirmou, dizendo que o objectivo da candidatura de Manuel Alegre, para ser vitoriosa, será o de unir os portugueses “desde o centro esquerda até à esquerda mais profunda”.
No plano interno, o presidente do Grupo Parlamentar do PS manifestou a sua convicção de que, após a decisão tomada pela Comissão Nacional do PS, haverá unidade dentro do seu partido “unidade” em torno da candidatura de Alegre.
E deixou um aviso aos dirigentes socialistas anti-Manuel Alegre: “esta decisão [da Comissão Nacional do PS] compromete todos os militantes”.