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“Estamos perante um processo de destruição da própria organização pública”

“Estamos perante um processo de destruição da própria organização pública”

O PS acusou o Governo de estar a “destruir” a organização pública, a sua capacidade e a sua motivação, ao comentar as decisões que o Conselho de Ministros tomou na quinta-feira à noite.

“Estamos perante um processo de destruição da própria organização pública, da sua capacidade, da sua motivação”, afirmou Miguel Laranjeiro.

O Governo informou que aprovou duas propostas de lei “que consubstanciam medidas estruturais para revitalizar e melhorar o Estado e a Administração Pública”. A primeira é o aumento do período normal de trabalho, de 35 para 40 horas semanais, enquanto a segunda altera o sistema de mobilidade.

O secretário nacional do PS considerou que “o Governo [aprovou] na calada da noite o desemprego na função pública”. “Recordo que o primeiro-ministro disse que não havia despedimentos na função pública. É falso. Sabemos agora que o Governo quer despedir cerca de 30 mil funcionários”, acrescentou.

Miguel Laranjeiro disse, ainda, que, “em segundo lugar, [a decisão governamental] prova também a incapacidade de diálogo e concertação social”, acusando o Executivo de ser “um Governo do ‘quero, posso e mando’, um Governo isolado, que não vê a realidade nacional”.

O dirigente socialista disse também que as decisões da noite de quinta-feira são “desumanas e sem respeito pelos trabalhadores”.

Salientando a ausência de qualquer estudo a justificar as decisões, Miguel Laranjeiro disse que estas se resumem à palavra despedimentos e acusou o Governo de “aliar a incompetência e a arrogância, que é exatamente o que a administração pública e o país não necessitam”.