home

“Estamos a dar mais oportunidades aos jovens que se licenciaram”

“Estamos a dar mais oportunidades aos jovens que se licenciaram”

José Sócrates defendeu hoje que Portugal tem realizado nos últimos anos uma incessante modernização da sua administração pública.

Numa cerimónia em que também esteve presente o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, no Laboratório Nacional de Engenharia de Lisboa (LNEC), José Sócrates presidiu à sessão de encerramento do arranque da primeira edição do Programa de Estágios da Administração Central, que envolveu cerca de três mil jovens candidatos.
O Primeiro- ministro citou um conjunto de indicadores estatísticos para provar que a administração pública portuguesa tem conhecido uma processo de modernização incessante desde 2006, dando como exemplos o facto de Portugal estar em primeiro lugar na Europa no ranking de Governo electrónico, o indicador sobre empresas criadas na hora, ou a percentagem superior a 80 por cento de contribuintes que já entregam a sua declaração de rendimentos por via da Internet.
No entanto, perante uma plateia de jovens, José Sócrates optou desta vez por recorrer ao humor para sustentar que a crítica por vezes tolda a verificação dos progressos, recorrendo para o efeito aos britânicos “Monty Pyton”.
“Muitas das observações que se fazem recordam-me uma história dos Monty Python, quando alguém em Jerusalém, território ocupado pelo Império Romano, perguntava o que os romanos tinham feito [pela Palestina]. O outro respondeu: os romanos, além de saneamento básico, estradas, saúde, banhos, não fizeram nada”, referiu, provocando risos na plateia.
Para José Sócrates, “muitas vezes é isto mesmo que acontece e nós esquecemos aquilo que já foi realizado e do caminho que andamos, mas isso faz parte também da insatisfação”.
“Só quero dizer-vos uma coisa: com este programa de estágios estamos a dar um passo gigante para modernizar a administração pública e também um passo gigante na tarefa do Estado de dar mais oportunidades aos jovens que se licenciaram”, disse.
Já o ministro de Estado e das Finanças considerou que a entrada de estagiários para a administração pública como “uma lufada de ar fresco” e sublinhou que o programa de estágios se deveu “à visão” do primeiro ministro.
“Este é o maior programa de estágios alguma vez realizado na administração pública portuguesa e o Governo teve a maior urgência na sua concretização”, acentuou Teixeira dos Santos.