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Estados Gerais avançam em abril: PS estará preparado para ser alternativa de Governo

Estados Gerais avançam em abril: PS estará preparado para ser alternativa de Governo

Focado em preparar o PS para responder ao país perante “qualquer eventualidade” e a qualquer momento, Pedro Nuno Santos adianta, em entrevista concedida ao semanário “Expresso”, que o partido iniciará, já em abril, uma jornada de reflexão e debate, com vista a construir uma alternativa de governo para Portugal.

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Sublinhando que a possibilidade de eleições legislativas antecipadas é “uma hipótese que não pode ser excluída” do cenário político nacional, o líder socialista reafirmou que o PS continuará a bater-se pelas sua visão de país, a apresentar soluções e a fiscalizar o executivo da AD no Parlamento, avisando, todavia, que o partido estará direcionado, “pelo menos durante um ano”, para a “preparação de propostas, no quadro dos Estados Gerais”, que “não vão servir para fazer oposição ao Governo, mas para construir uma alternativa”.

“Nós não sabemos quando haverá eleições, mas o PS tem de estar preparado”, vincou Pedro Nuno Santos, indicando que “uma das maiores prioridades” nesta reflexão, que “poderá durar mais do que um ano”, será a da “transformação da nossa economia”.

Portugal precisa de “uma economia mais forte para podermos viver melhor”, salientou, apontando como objetivo que os trabalhadores sintam “que têm no PS um partido capaz de perceber os seus anseios e dificuldades”.

Para isso, assegurou, “vamos trazer a debate político um partido a falar melhor sobre a economia”.

Mas também “de trabalho, de empresas, de Estado social, de ambiente e de ordenamento do território”, acrescentou.

Por outro lado, pontualizou Pedro Nuno Santos, “é também importante que o país se prepare para enfrentar as consequências das alterações climáticas, como a falta de água, a desertificação dos solos, os incêndios, a erosão da costa”, e por isso, referiu querer que discuta “os problemas do interior e do despovoamento, da transformação da economia, da adaptação do Estado social.”

A problemática da inteligência artificial não ficará de fora dos Estado Gerais do PS, avançou depois o líder socialista, garantindo que, no concernente a esta matéria, os socialistas estarão concentrados principalmente em antever “consequências no mercado de trabalho”.

Ainda preocupado com o sistema de pensões, uma vez que “depende exclusivamente das contribuições dos trabalhadores”, Pedro Nuno Santos avisou que o PS estará ainda empenhado em “que os rendimentos de capital contribuam”.

Prioridades são saúde, educação e pensões

Questionado a propósito do aumento de despesa na área da Defesa um pouco por toda a Europa, o Secretário-Geral do PS avisou que esse debate já nasceu “inquinado”, recusando que haja necessidade de “fazer escolhas” entre mais despesa militar ou despesas sociais.

Afirmando-se “comprometido” com a meta dos 2% do PIB para a Defesa e com a antecipação dessa meta para 2029, o líder socialista fez notar que, no momento que o país atravessa, “há outras prioridades”.

“Portugal não é um país rico, é um país com muitas dificuldades, o povo português tem muitas dificuldades, e nós temos de tratar de dar resposta às dificuldades e aos anseios do povo português”, afirmou, lembrando que “a incapacidade dos Estados europeus de resolverem muitos dos anseios da população também é a origem de todos os males nas democracias contemporâneas”.

“Para mim, é fundamental que não cortemos na Saúde, na Educação e no sistema público de pensões do nosso povo”, frisou.

Quando questionado sobre a vitalidade do projeto social-democrata em Portugal, Pedro Nuno Santos não hesitou em afirmar que ele “é absolutamente atual e continua válido”.

“O que temos de fazer é conseguir recuperar a confiança do povo. Por isso é que é tão importante o processo em que avançaremos ao longo deste ano, de renovação programática e procura de novas políticas para problemas novos e também para problemas antigos”, resumiu.

Ganhar mais câmaras e apoio a candidato presidencial da área do PS

A propósito das batalhas eleitorais no curto prazo, Pedro Nuno Santos deixou claro que, para o PS, uma vitória nas Autárquicas traduz-se em “ganhar mais câmaras do que o nosso adversário”.

De seguida, confirmou haver “uma abertura do Partido Socialista para, com os outros partidos, perceber se há base de entendimento” em casos como os de Lisboa, deixando clara a ambição socialista de conquistar a maior parte das capitais de distrito do país.

No capítulo das Presidenciais, assinalou ter preferência “por um candidato da área do PS que tenha a possibilidade de ganhar” e com experiência internacional.

Chamando a atenção para a importância de não deixar os candidatos da direita falarem sozinhos no palco eleitoral, Pedro Nuno Santos defendeu, ainda, a importância, para potenciar as possibilidades de vitória, de que “haja apenas uma candidatura” na área política socialista.

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