Estado social forte é capaz de dar as repostas necessárias a todos os cidadãos

Ana Catarina Mendes saudou o Executivo, no início do debate sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, por ter “ouvido todos os partidos sobre os grandes desafios para o país nos próximos dez anos”, e admitiu que não esperava o “contributo” dos social-democratas na discussão: “A única coisa que não estávamos à espera, já neste início de debate, é que o deputado Rui Rio pudesse recuperar os argumentos que foram dados em 2015 precisamente pela sua bancada sobre o ‘papão’ do aumento do salário mínimo, ou do aumento dos rendimentos das pessoas, ou da devolução de direitos sociais como se isso fosse impedir o crescimento da economia”.

Aumento do salário mínimo não impede crescimento da economia

Desde 2015, o Governo do PS não só aumentou “quatro vezes o salário mínimo nacional”, como devolveu “os rendimentos aos portugueses”, devolveu salários, melhorou as contas públicas e, assim, baixou o desemprego, atingindo “em fevereiro deste ano a menor taxa de desemprego de sempre”, recordou.

Do plano em discussão, a líder parlamentar do Partido Socialista destacou o “reforço do Estado social, porque se há coisa que a história também nos prova – e provou na gestão destes meses de pandemia e de crise sanitária – é que um Estado social forte é capaz de dar as repostas necessárias na saúde, na escola pública, na proteção social de todos os cidadãos”.

O reforço do Serviço Nacional de Saúde é essencial, mas também o das políticas de habitação, já que “habitação condigna é absolutamente essencial para todos os cidadãos”, sublinhou.

No final da sua intervenção, Ana Catarina Mendes saudou ainda o primeiro-ministro, presente no debate, “pelo olhar atento aos mais velhos, que deram o trabalho de uma vida inteira na nossa sociedade”, sendo apoiados pelo investimento na rede nacional de cuidados continuados e integrados.

Com o Plano de Recuperação Económica e Resiliência, todos os cidadãos poderão “dizer aos filhos e aos netos que há futuro em Portugal”, que se vai transformar num país “mais desenvolvido, mais coeso e mais solidário”, asseverou a presidente da bancada socialista.