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“Esta é a hora do Presidente da República”

“Esta é a hora do Presidente da República”

As audiências com os partidos parlamentares que já decorreram em Belém, com vista à formação do próximo Governo, tornaram a situação política mais clara. Agora, defende Fernando Medina, “esta é a hora do Presidente da República”.
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No seu espaço de comentário na TVI, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa considera terem ficado claras as duas soluções de Governo propostas ao país. Por um lado, a proposta de Passos Coelho “de uma solução de Governo minoritário, apenas com o apoio político do CDS”. Por outro, a garantia que António Costa levou ao Presidente da República, “de que está em condições de assegurar um acordo maioritário que garante a estabilidade”, bem como as condições que o Chefe de Estado disse serem “essenciais” para a formação de um Governo.

Fernando Medina considerou que o Presidente da República não conduziu bem o processo num primeiro momento, ao ter falado com Passos Coelho antes de ouvir os partidos, mas defendeu que “tem estado bem na exigência de diálogo entre os vários partidos e na exigência de estabilidade política”, sendo claro em relação a aspetos que considera fundamentais.

É sobre a avaliação que fará dessas exigências que enunciou e das duas soluções de governabilidade que lhe foram apresentadas que Cavaco Silva “terá de tomar uma decisão sobre quem vai indigitar como primeiro-ministro”, defendeu.

O autarca de Lisboa sublinhou ainda ser da maior importância que o acordo à esquerda “demonstre com clareza que cumpre integralmente os compromissos económicos e políticos do país no quadro da moeda única”, para além de consagrar “uma mudança de política e uma solução de estabilidade”. Um exercício que classifica como “muito exigente”, mas que tem tido esse compromisso por parte dos líderes dos quatro partidos de esquerda.

Será com base na capacidade “de avaliar a solidez do compromisso à esquerda e a alternativa à direita, que o Presidente da República deve tomar a decisão de escolher o caminho a propor ao país e indigitar o próximo primeiro-ministro”, defendeu Fernando Medina.