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Espiral recessiva originou mais recessão em Portugal

Espiral recessiva originou mais recessão em Portugal

O PS considera que os resultados da economia portuguesa no primeiro trimestre são consequência do clima de incerteza, colocam em causa o cenário macroeconómico da sétima avaliação da troika e introduzem novas dificuldades ao Orçamento Retificativo.

“O PS regista que a espiral recessiva continua a aprofundar a recessão em Portugal. Portugal está no décimo primeiro trimestre com queda pronunciada do PIB e desta vez após os muito maus resultados verificados no quarto trimestre de 2012”, observou Eurico Brilhante Dias.

Segundo o dirigente do PS, os resultados do primeiro trimestre deste ano “colocam em causa o cenário macroeconómico que saiu do sétimo exame regular” da troika.

“Estes resultados também vão introduzir na preparação do Orçamento Retificativo novas dificuldades”, sustentou.

O secretário nacional socialista considerou, também, que, na base destes resultados negativos da economia portuguesa, “está a incerteza gerada pelo novo pacote de austeridade, com cortes previstos nas pensões”.

“A procura interna é o elemento central que está a decrescer mais do que o previsto. Se os portugueses estão a viver grandes dificuldades, com elevada incerteza quanto aos seus rendimentos para o futuro próximo, os empresários também olham para esta incerteza e não investem – e é o investimento que está a cair de forma pronunciada”, apontou.

Eurico Brilhante Dias afirmou depois que o investimento só voltará a arrancar “quando a espiral recessiva for estancada e quando os empresários tiverem confiança que a procura irá retomar”.

“Enquanto não houver confiança, enquanto a incerteza permanecer, enquanto se verificar uma crise política contínua em torno do Governo e da coligação, enquanto não for dado ao país um rumo concreto para a saída da crise, a falta de confiança e a incerteza continuarão a adensar a recessão”, acrescentou.