Escolha de comissário europeu foi estritamente partidária
O Secretário-geral do PS criticou hoje a escolha de Carlos Moedas para o cargo de comissário europeu, avisando que se trata “de uma escolha estritamente partidária”.
António José Seguro sublinhou que “o PS discorda desta escolha, porque esta era a oportunidade de o país escolher uma personalidade com resultados europeus, com prestígio europeu, com peso político para que pudéssemos obter um pelouro na Comissão Europeia que pudesse defender os interesses nacionais neste momento difícil da vida do país”. O Secretário-geral do PS defendeu ainda que o novo comissário deveria “contribuir para o início de um novo ciclo no seio da União Europeia, que deixasse para trás um ciclo de austeridade e pudesse dar início a um ciclo de crescimento económico e de emprego”.
“O engenheiro Carlos Moedas não corresponde a nenhum dos itens deste perfil, o de prestígio político europeu, o de reconhecimento pelos seus pares, o de trabalho europeu. Aliás, não se lhe conhece uma ideia, nem uma proposta, nem um pensamento sobre as questões europeias”, sublinhou.
O líder socialista afirmou que se trata, por isso, “de uma escolha estritamente partidária”.
“Para alguns que ainda pensavam que, da parte do Governo, havia disponibilidade para qualquer consenso, ficou mais uma vez demonstrado como é que o Governo corresponde na prática aos apelos de consenso”, concluiu.