Entregues em Lisboa o prémio Norte-Sul 2017
O Parlamento português foi hoje palco de uma cerimónia de entrega do Prémio Norte-Sul 2017 do Conselho da Europa, ensejo para a presidente da delegação da Assembleia da República à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Ana Catarina Mendes, ter destacado a importância deste prémio.
Foi hoje entregue em Lisboa, cidade onde se localiza o Centro Norte Sul do Conselho da Europa, aos secretários-gerais da Cruz Vermelha da Finlândia, Kristiina Kumpula, e do Quénia, Abbas Gullet, o prémio Norte Sul 2017, oportunidade para a presidente da delegação da Assembleia da República à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, a deputada e Secretária-geral Adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, ter destacado a importância deste galardão, salientando que os premiados deste ano “personificam os valores que estiveram na génese desta distinção”.
Para Ana Catarina Mendes, é necessário contrapor à crescente globalização económica que o mundo hoje experimenta, “a globalização da solidariedade”, sustentando que prémios como o Norte-Sul “permitem aumentar a capacidade global de sonhar com um mundo mais coeso, justo e mais solidário”.
Depois de recordar que há 23 anos que este prémio vem galardoando, anualmente, duas personalidades que se destacam pelo seu papel de promoção dos direitos humanos, da democracia plural e da solidariedade entre o Norte o Sul, valores que também se referem, como salientou, “à identidade europeia”, Ana Catarina Mendes atribuiu absoluta coerência ao facto de o prémio ter sido entregue na capital portuguesa, lembrando que é em Lisboa que se encontra o Centro Norte-Sul do Conselho da Europa, cujo trabalho aqui desenvolvido, garantiu, se mantém fiel ao “compromisso com os valores fundamentais que todos defendemos”.
820 milhões de cidadãos
Para o vice-presidente do parlamento português Jorge Lacão, que falou em nome do Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que se encontra a recuperar de uma intervenção cirúrgica a um pulmão, e depois de recordar que a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa representa 820 milhões de cidadãos, de 47 países membros, lamentou que as desigualdades “continuem a persistir entre os hemisférios norte e sul”, uma disparidade que se traduz, como referiu, “em crises humanitárias, migratórias e ambientais”.
O também deputado socialista defendeu que um dos caminhos possíveis para se poder alterar esta realidade, e tal como defendeu o Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, é avançar com uma atuação preventiva contra as “lógicas nacionalistas e protecionistas”, apostando na “paz e na segurança”.