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Encerramento de portas ao acesso das grávidas às urgências mostra que Governo “desistiu do SNS”

Encerramento de portas ao acesso das grávidas às urgências mostra que Governo “desistiu do SNS”

O Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou no sábado, em Évora, que o anunciado novo modelo de funcionamento das urgências de ginecologia e obstetrícia, por meio de contacto telefónico, é motivo de preocupação para as portuguesas e os portugueses, e é mais uma prova de que este Governo PSD/CDS “desistiu do Serviço Nacional de Saúde”.

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“Este encerramento das portas às nossas grávidas e às nossas mulheres que precisam de recorrer aos hospitais e aos serviços de obstetrícia é muito preocupante. Este é um Governo que desistiu do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e julga que pode resolver os problemas com telefonemas”, disse o líder socialista, à margem da apresentação dos candidatos às autárquicas pelo distrito.
De acordo com uma portaria do Ministério da Saúde, o acesso às urgências de Obstetrícia e Ginecologia passa a estabelecer a necessidade de um contacto telefónico prévio para a linha SNS 24. O novo modelo arranca a partir desta segunda-feira, em fase-piloto em algumas unidades locais de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e Leiria, com previsão de alargamento a todo o país após três meses. Uma medida que mereceu já fortes críticas de diversos setores profissionais da saúde.

Para Pedro Nuno Santos, a medida mostra também que o executivo de Luís Montenegro é “incapaz” de resolver problemas do SNS, lembrando que a Saúde era uma área para a qual os partidos do atual Governo tinham feito muitas promessas, que não estão a ser cumpridas.

“Infelizmente, cada dia que passa é a prova de que o Governo é incapaz de resolver aquela que é uma área onde nós temos mais necessidades e também temos problemas”, criticou.
Aludindo ainda aos serviços de urgência encerrados, o Secretário-Geral do PS considerou que “a situação na saúde em Portugal é preocupante” e frisou que a equipa do Ministério da Saúde “já mostrou que não tem capacidade para resolver os problemas”.

Ampliação do Aeroporto prova incompetência do executivo

O líder socialista comentou ainda a necessidade de uma Avaliação de Impacte Ambiental às obras de ampliação do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, anunciada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), lembrando que o PS “sempre disse” que este passo era necessário, o que demonstra, “mais uma vez”, a impreparação do atual Governo e “a diferença entre a apresentação de um ‘powerpoint’ ou de uma decisão e a sua concretização”.

“Este Governo, quando tomou posse, quis passar a ideia de era capaz de decidir e decidia rápido. E tanto decidia rápido como decidiu mal”, apontou, referindo que fica assim também provado que a solução transitória proposta pelo Governo até haver novo aeroporto em Alcochete, “não funciona e não é viável”.

“E mais uma vez se prova aqui a incompetência e a incapacidade do Governo de perceber a diferença entre um anúncio e a concretização”, reforçou.

Alerta de Centeno sobre as contas públicas é para “levar muito a sério”

O Secretário-Geral do PS referiu ainda, a propósito da estimativa do Banco de Portugal (BdP) para o risco de as contas do país regressarem a uma situação deficitária em 2025, que este é um aviso que deve ser “levado muito a sério”.

“Temos que ouvir todas as pessoas e instituições e o BdP é uma instituição muito importante”, notou, lembrando que o governador do banco central, Mário Centeno, antigo ministro das Finanças e ex-presidente do Eurogrupo, é alguém com uma grande respeitabilidade e com resultados que “são reconhecidos em toda a Europa e em Portugal”.

“Portanto, temos que levar mesmo a sério aquilo que diz o governador do Banco de Portugal”, afirmou o líder do PS.

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