Empresas e sistema científico nacionais na primeira linha de resposta europeia
António Costa falava no final de uma sessão na Fundação Calouste Gulbenkian, depois de anunciar que a contribuição nacional, pública e privada, para a iniciativa da Comissão Europeia ‘Resposta global ao Covid-19 – conferência de doadores’, que pretende acelerar o desenvolvimento, produção e acesso equitativo a vacinas, diagnósticos e tratamentos, será de dez milhões de euros.
“Esta pandemia é um desafio global e esses desafios só podem ter resposta à escala global”, declarou o primeiro-ministro. No caso de Portugal, segundo António Costa, o esforço que está a ser feito a este nível “não pode ser só financeiro”, destacando que o sistema científico do país se encontra, já atualmente, “a participar plenamente” nesta resposta.
“E o nosso sistema empresarial, em particular a indústria, está também a participar ativamente em todas as dimensões. Em relação a novas formas de diagnóstico, tanto o sistema científico, como o empresarial, têm sido particularmente ativos no desenvolvimento de materiais para diagnóstico e de novas metodologias de diagnóstico”, sublinhou.
António Costa referiu também que Portugal está empenhado em contribuir para o surgimento de novos mecanismos de testes, quer ao nível terapêutico, neste último campo através da produção de equipamentos como ventiladores ou no desenvolvimento de moléculas que podem ser utilizáveis nas fases de tratamento e na vacinação.
“Este esforço acresce à contribuição monetária de resposta global à pandemia”, frisou.
Portugal contribui com 10 milhões de euros para investigação global
António Costa anunciou, neste contexto, que a contribuição portuguesa pública e privada para o programa de resposta global será na ordem dos 10 milhões de euros, distribuídos entre 1,55 milhões do Estado e 8,45 milhões de empresas privadas e instituições.
“Em nome dos dez milhões de portugueses, logo à tarde vamos participar com dez milhões de euros no esforço europeu para a resposta global no combate à Covid-19”, declarou o líder do Executivo, agradecendo a resposta ao apelo que dirigira à participação na iniciativa
De acordo com o Governo português, “além de uma significativa contribuição financeira, juntando o setor público e o privado, os centros nacionais de investigação e desenvolvimento e a indústria farmacêutica estão preparados para integrar parcerias internacionais nas três áreas cobertas pela iniciativa”, de investigação, produção e distribuição.
Na sessão, estiveram presentes alguns dos presidentes das maiores empresas e bancos portugueses, além dos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, da Saúde, Marta Temido, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.