Elisa Ferreira assume pasta da Coesão e Reformas com “determinação” e “empenho” nos desafios da UE
A pasta atribuída a Elisa Ferreira foi conhecido esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, na qual a presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, apresentou os seus 26 comissários e as respetivas pastas.
Com a pasta da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira será responsável pelos fundos de coesão, reformas estruturais e pela implementação do futuro instrumento orçamental para a zona euro.
Começando por referir ter sido com “a maior honra” que aceitou o convite do primeiro-ministro português, António Costa, para ser indigitada como comissária europeia, Elisa Ferreira disse ser igualmente “com muita satisfação, e consciente da elevada responsabilidade” que irá exercer o pelouro que lhe foi atribuído para os próximos cinco anos, caso venha, como se espera, a ser confirmada no cargo.
Para Elisa Ferreira, “investimento, desenvolvimento económico, coesão territorial, convergência económica e social no quadro da União Económica e Monetária e transição energética são áreas prioritárias da Comissão Europeia”, nas quais disse ir colocar toda a “determinação, energia e experiência” profissional adquirida.
“Nunca, como hoje, a União Europeia precisou tanto do empenhamento de todos contra as tendências desagregadoras que a ameaçam”, afirmou.
À presidente da Comissão, Elisa Ferreira manifestou toda a “lealdade” para “defender a UE e torná-la tangível no dia a dia dos seus mais de 500 milhões de cidadãos”.
Na “carta de missão”, divulgada em Bruxelas, Von der Leyen aponta, entre as tarefas que serão confiadas à comissária portuguesa, a negociação do próximo quadro de Fundos de Coesão (2021-2027), o apoio às reformas estruturais que visam acelerar investimentos e estimular o crescimento, o apoio às reformas e ao instrumento orçamental para a convergência e competitividade na zona euro (dossiê onde trabalhará de perto com o presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças português, Mário Centeno), o apoio às regiões e pessoas mais afetadas pela transição digital e pela transição climática, e a elaboração do novo Fundo para a Transição Justa.
Elisa Ferreira, 63 anos, foi ministra nos dois governos chefiados por António Guterres, primeiro com a pasta do Ambiente, e depois do Planeamento, foi deputada ao Parlamento Europeu durante 12 anos, tendo ocupado, desde setembro de 2017, o cargo de vice-governadora do Banco de Portugal, tornando-se a primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunitário desde a adesão de Portugal à comunidade europeia, em 1986.
Os comissários designados serão agora sujeitos a audições no Parlamento Europeu, perante a comissão parlamentar competente, o que deverá acontecer no início de outubro, com a hemiciclo a pronunciar-se sobre o colégio no seu conjunto numa votação prevista para 22 de outubro, em Estrasburgo. A nova Comissão Europeia deverá entrar em funções em 1 de novembro próximo.