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Elevar exportações a 50% do PIB no início da próxima década

Elevar exportações a 50% do PIB no início da próxima década

O primeiro-ministro, António Costa, recebeu ontem o Conselho da Diáspora Portuguesa, em São Bento, ocasião para sublinhar a importância da rede de internacionalização para a economia do país e para afirmar um objetivo: Portugal deve alcançar no início da próxima década a meta de as exportações representarem 50% do Produto Interno Bruto (PIB).
Elevar exportações a 50% do PIB no início da próxima década

“Nos últimos anos temos tido um ciclo muito positivo do ponto de vista da internacionalização da nossa economia: Há dez anos as nossas exportações eram 27% do PIB, hoje já são 44% e a ambição que temos é podermos chegar na próxima década aos 50%”, declarou António Costa.

O primeiro-ministro salientou que 2018 foi o ano “em que mais contratos de investimentos e de maior valor foram assinados desde que a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal – foi criada”.

“Depois de uma crise económica e financeira profunda que o país viveu, de facto, a recuperação económica tem estado assente no investimento empresarial e nas exportações”, destacou, sublinhando que “a rede da internacionalização é essencial para o futuro do país”.

Num breve discurso no final da receção, em São Bento, na qual também esteve presente o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o líder do Executivo anunciou ainda que em julho do próximo ano será organizado o primeiro congresso da diáspora portuguesa.

Captação de talentos é objetivo nacional

Na sua intervenção, António Costa considerou também que, para um primeiro-ministro de Portugal, é sempre “ambivalente” ter tantos portugueses em posições de destaque em multinacionais, em prestigiadas universidades estrangeiras e em organizações internacionais, porque, em paralelo, o objetivo nacional deve passar também pela atração dos melhores quadros.

“O Conselho da Diáspora é muito importante, porque é uma forma de estar simultaneamente cá dentro e lá fora. A atração de talentos é um fator decisivo nesta economia global. Não seremos competitivos se não conseguirmos recrutar. Por isso, temos de fazer coletivamente um esforço grande para a atração de talentos”, sustentou.

António Costa realçou ainda uma das medidas tomadas na presente legislatura, o recenseamento automático, que permitirá a mais 1,5 milhões de portugueses residentes fora do país participarem em atos eleitorais.

Na receção oferecida pelo primeiro-ministro aos membros do Conselho da Diáspora Portuguesa, além do seu presidente, o empresário Filipe de Botton, estiveram presentes cerca de três dezenas de personalidades, entre as quais o chefe executivo da multinacional norte-americana Amyris Biotechnologies, John de Melo, o diretor para as relações externas da Embraer, João Taborda, a vice-presidente da Morgan Stanley, Dormitília dos Santos, e o diretor-geral da COTEC, Jorge Portugal.

Estiveram ainda presentes o professor universitário José Moura, da Carnegie Mellon University, a vice-presidente do Banco Mundial, Manuela Ferro, o diretor executivo do Montepio, Nuno Mota Pinto, e a diretora executiva do Conselho da Diáspora Portuguesa, Sílvia Rodriguez.