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Eleições são decisivas para combater “aventureirismo de direita” na privatização da saúde e Segurança Social

Eleições são decisivas para combater “aventureirismo de direita” na privatização da saúde e Segurança Social

Para o Secretário-geral do PS, que reiterou o “caráter decisivo das eleições legislativas de 30 de janeiro”, o que o líder do PSD está a oferecer aos portugueses é uma mão vazia e outra cheia de nada, apontando a Rui Rio o recurso a “truques” e “mentiras” sobre a verdadeira evolução da economia portuguesa nos últimos seis anos e sobre a política de impostos do Governo socialista.

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António Costa, encontro com o mundo do trabalho

O primeiro-ministro e líder do PS esteve esta sexta-feira reunido em Lisboa com representantes do mundo do trabalho, num encontro que contou com a participação da secretária-geral adjunta da UGT, Ana Paula Bernardo,  tendo acusado o presidente do PSD de “aventureirismo de direita” por ter voltado a defender ontem, no debate nas televisões, a privatização do SNS e da Segurança Social, e por ter “insistido na mentira” sobre o verdadeiro crescimento da economia portuguesa nos últimos seis anos e sobre os impostos.

Quanto à saúde, António Costa reafirmou que a classe média, com os socialistas no Governo, vai continuar a ter um Serviço Nacional de Saúde “tendencialmente gratuito”, voltando a lembrar que o PS não está disponível, tal como pretende Rui Rio, para “colocar metade das contribuições da Segurança Social num qualquer mecanismo de capitalização”, lembrando a este propósito os prejuízos enormes que semelhante medida trouxe a “milhões de trabalhadores” que tiveram os seus descontos para a Segurança Social nesses países colocados em parte ou no todo em mecanismos de capitalização bolsista.

António Costa teve ainda oportunidade de traçar, uma vez mais, as diferenças políticas entre socialistas e a direita liderada pelo PSD em matéria fiscal, lembrando, designadamente, que com o PS no Governo o “IRS baixa logo” porque o Orçamento do Estado para 2022 “será aprovado de imediato”, beneficiando “mais de 170 mil famílias que ficam isentas deste imposto”, a par do desdobramento de escalões do IRS, como também referiu, “o que vai permitir à classe média pagar menos imposto”, assim como haverá também importantes benefícios para as famílias com filhos que “vão ter os respetivos benefícios ficais ampliados”.

Em relação à prioridade do PSD em baixar o IRC, António Costa considerou trata-se de uma escolha errada e injusta por pretender beneficiar todas as empresas de uma forma cega, contrapondo a proposta do PS que prevê baixar o imposto às empresas que reinvistam os seus lucros na sua modernização, em melhores salários para os trabalhadores e na contratação coletiva.

Carga fiscal não é aumento de impostos

O líder socialista aproveitou ainda para voltar a criticar, em matéria de impostos, a narrativa utilizada pelo PSD, que segundo António Costa “apenas serve para confundir o eleitorado”, voltando a lembrar que a carga fiscal aumentou de facto em Portugal “porque o desemprego foi reduzido para metade” e porque há “mais emprego e melhores salários”, o que deu lugar, como salientou, a “mais contribuições para a Segurança Social”, sublinhando que os portugueses estão hoje a pagar “menos 6.776 mil milhões de euros em impostos do que em 2015”.

Já quanto à evolução do crescimento económico registado em Portugal desde 2000, António Costa voltou a censurar o líder do PSD por insistir em recorrer a “meias-verdades, que se transformam em mentiras”, lembrando que a partir de 2016, com o Governo do PS, “foi virada a página da estagnação” e da austeridade, começando a haver, não um crescimento anémico de cerca de 0,4 por cento com até aí, como referiu, mas um crescimento robusto de cerca de três por cento em média ao ano.

“Com mais exportações, que hoje representam cerca de 43 por cento do PIB nacional”, o que está “muito acima da percentagem que se verificava em 2015”, acrescentou o líder socialista e primeiro-ministro, lamentando que a direita continue a acreditar no modelo de baixos salários para conseguir que a economia portuguesa seja competitiva.

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