Eleições europeias de maio são as mais importantes da história da UE
Para a dirigente socialista, se os eleitores europeus pretendem verdadeiramente combater a extrema direita e os populismos, afastando-os da liderança política das suas sociedades, têm que “combater a abstenção”, defendeu, num encontro que reuniu as federações distritais socialistas do Norte do país, na cidade do Porto.
Considerando que os democratas europeus têm de encarar as eleições para o Parlamento Europeu, em maio do próximo ano, como “as mais importantes da história da União Europeia”, precisamente, como justificou, pelo surgimento exponencial de movimentos com o cunho da extrema direita, reacionários, racistas, xenófobos e populistas, algo que não se via “desde os tempos idos da Segunda Guerra Mundial”, Ana Catarina Mendes alerta que a democracia, ao contrário do que inicialmente se possa pensar, “é um sistema frágil e só se torna mais forte e consistente se todos pudermos participar”.
Neste sentido, apelou aos portugueses para que não deixem de participar ativamente no ato eleitoral das europeias, mas também nas regionais da Madeira e mais tarde nas legislativas”, demonstrando deste modo “a sua força e vivacidade”, características aliás, como acrescentou, que são parte integrante e inatas em qualquer democrata.
Este encontro, a que a Secretária-geral adjunta presidiu no Porto, serviu para preparar as convenções regionais que vão decorrer durante o mês de janeiro, sob o tema “O que a Europa mudou a minha região”, e vão culminar com a convenção nacional em 16 de fevereiro, a ter lugar igualmente na cidade Invicta, onde será aprovado o manifesto do PS e o cabeça de lista às eleições europeias.
Ganhar as eleições é o grande objetivo do PS
Segundo Ana Catarina Mendes, o “grande objetivo” do PS, seguindo aliás a tradição do partido, “é ganhar as próximas eleições europeias” contribuindo para que as pessoas, como defendeu, “readquiriram a confiança e a esperança” nas instituições europeias.
Lembrando que só participando ativamente no ato eleitoral é que se poderá inverter a habitual “elevada taxa da abstenção”, fenómeno que se regista, como assinalou, sobretudo nas eleições europeias, a dirigente socialista não deixou, contudo, de recordar que é também preciso saber responder às razões que levam as pessoas “a distanciarem-se destes momentos eleitorais”.
Reconquistar a confiança nas instituições
Se é verdade que a maioria dos jovens de hoje “já nasceram dentro da Europa” e das suas instituições democráticas, dando esta realidade como um “dado adquirido”, disse ainda Ana Catarina Mendes, também é verdade, como acrescentou, que a Europa vive hoje um processo de “grandes incertezas” que tem de ser aproveitado politicamente para “reconquistar a confiança de todos nas instituições europeias”.
Um trabalho que o PS tem vindo a executar ao longo dos anos, como garantiu Ana Catarina Mendes, com especial enfoque nesta legislatura, apostando na “devolução aos cidadãos da confiança nas instituições europeias”, organismos que “queremos cada vez mais democráticos e progressistas”.
A este propósito, a dirigente socialista lembrou o trabalho que tanto o PS como o Governo liderado por António Costa têm vindo a desenvolver, cada um no seu espaço específico, também a nível interno, para que os portugueses readquiram igualmente a necessária “confiança e esperança” nas suas próprias instituições, enaltecendo, a este propósito, o “entusiasmo” com que as estruturas regionais e locais do partido têm tratado e aprofundado estas matérias.