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Educação digital vai marcar a década e deve garantir que ninguém fica para trás

Educação digital vai marcar a década e deve garantir que ninguém fica para trás

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou ontem que a educação digital vai marcar a presente década, devendo afirmar-se como inclusiva e universal, para que ninguém fique para trás.

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“É agora claro para todos nós que a década dos anos 20 deste século é a década do digital no notável espaço político e geográfico que partilhamos”, começou por dizer Tiago Brandão Rodrigues, intervindo na Conferência de Alto Nível ‘O Digital na Educação’, afirmando que esta é uma matéria assumida como prioridade para a presidência portuguesa da União Europeia.

Na sua intervenção, o governante assinalou que a educação digital constituía já uma prioridade comum dos Estados-membros da União Europeia, vindo a pandemia de Covid-19 funcionar como um acelerador, devendo agora, também na passagem da resposta para a recuperação, projetar-se essa “discussão em direção ao futuro”.

“Se os nossos programas a plasmam, se já temos um mapa, cabe-nos partir da centralidade que, felizmente, a educação digital hoje assume nas nossas agendas para traçarmos um caminho comum enquanto União e, simultaneamente, as suas ramificações, enquanto nações”, sublinhou.

Tiago Brandão Rodrigues acrescentou que ficou igualmente claro, ao longo do último ano, que a educação digital é uma “arquitetura de organizações que precisam de ser digitalmente capacitadas, de profissionais educativos que precisam de maior confiança e competências digitais e de produção de conteúdos que sejam realmente digitais e não apenas uma versão digital do que seriam em papel”.

Ainda na ótica do ministro, a educação digital deverá também ser inclusiva e universal, e não dirigida apenas a alguns, promovendo o progresso.

“Se, naturalmente, há uma facilidade na adesão dos mais jovens, jamais podemos abandonar os mais velhos à exclusão digital. Se há um défice social, a Educação Digital deve contribuir para a sua superação. Se há mais homens do que mulheres envolvidos neste setor, ela deve procurar tornar esse abismo de género tão pertencente ao passado”, exemplificou.

Promoção da leitura como “área de influência dominante” no próximo ano letivo

Também na segunda-feira, o Governo apontou que a promoção da leitura será uma “área de influência dominante” na preparação do próximo ano letivo, visando compensar os efeitos da pandemia na aquisição de competências pelos alunos.
“Estamos na preparação de anos letivos que estão fortemente comprometidos pelo efeito da pandemia. Sabemos através de dados e das auscultações junto das escolas que a leitura é uma das competências mais afetadas pelos confinamentos junto dos mais novos”, explicou o secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa.

As declarações do governante foram proferidas durante a abertura das Jornadas da Leitura, que decorre por via digital, promovido pelo Instituto de Avaliação Educativa, em colaboração com o Plano Nacional de Leitura 2027.

A iniciativa teve por base os resultados do relatório do Programme for International Student Assessment (PISA), com dados referentes a 2018, que contou com a participação de cerca de 600 mil alunos, numa amostragem de cerca de 32 milhões de jovens de 15 anos das escolas de 79 países.

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