Eduardo Cabrita destaca “grande profissionalismo” do sistema de combate
“O ordenamento florestal é uma responsabilidade de todos os portugueses e tem a ver com uma dimensão de transformação da floresta que tem de ser prosseguida todos os dias e levará a anos de intervenção. Essa é a prioridade”, declarou o governante, no final de uma reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, concelho de Oeiras.
O ministro falava no decorrer do segundo dia de combate ao incêndio que deflagrou no sábado em Oleiros e alastrou aos concelhos vizinhos de Sertã e Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, mobilizando mais de 700 operacionais, 14 meios aéreos e oito máquinas de rasto, referindo ainda a ocorrência no fim de semana de incêndios de “dimensão significativa”, em Ponte de Lima, Vinhais e Vila Flor, que foram já dominados.
Ressalvando que, “neste momento, a prioridade é para o combate e para a defesa da segurança das populações”, Eduardo Cabrita voltou a insistir que o ordenamento florestal “é o grande desafio” e um “combate de todos os portugueses”.
“O desafio essencial – e está a ser feito – é a mudança da floresta, é a responsabilidade de todos, dos proprietários, dos agentes que atuam na floresta e, por isso, é o combate que tem de ser feito ao longo do ano”, afirmou o titular da pasta da Administração Interna.
“É essa a razão por que costumo dizer, entre outubro e o verão seguinte, que este tema tem de continuar, o cadastro é essencial à atuação responsável de todos os proprietários florestais, que é decisiva, sendo que há intervenções que assumiram prioridade, mas que não têm resultados numa dimensão de curto prazo”, indicou Eduardo Cabrita, manifestando “solidariedade com o grande nível de profissionalismo e de resposta de todo o sistema”.
Neste sentido, apontou, “o que é fundamental, nestas circunstâncias, é exatamente o reconhecimento deste papel que justifica todo o investimento que deve ser feito na prevenção, para que se possa recorrer menos ao combate”.
Governo declara situação de alerta entre segunda e terça-feira
O Governo determinou também no domingo a declaração da situação de alerta em todo o território continental, entre as 00h00 de hoje e as 23h59 de terça-feira, face às previsões meteorológicas que apontam para “significativo agravamento do risco de incêndio rural”.
“Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio rural, os ministros da Administração Interna e do Ambiente e Ação Climática determinaram este domingo a Declaração da Situação de Alerta em todo o território do Continente”, avançou o Ministério da Administração Interna.