Edite Estrela leva exemplo português a Estrasburgo
“A violência contra as mulheres e a violência doméstica são uma grave violação dos direitos humanos”, defendeu. “É um crime e cabe a todos nós denunciá-lo”, prosseguiu, defendendo que a Convenção de Istambul é o mais abrangente instrumento internacional juridicamente vinculativo para prevenir e combater a violência contra as mulheres.
Edite Estrela pediu, porém, mais ação, porque “não se pode aceitar que as mulheres continuem a morrer porque são mulheres”. Por isso, sustentou, “medidas urgentes devem ser tomadas para salvar as vidas das mulheres e proteger as crianças que testemunham a violência doméstica, que demasiadas vezes testemunham a morte da mãe e, tantas vezes, são elas próprias vítimas de violência”.
A parlamentar socialista mostrou-se ainda orgulhosa por Portugal ter sido o primeiro país a assinar e ratificar a Convenção de Istambul. “Para o governo português prevenir e combater a violência contra as mulheres e a violência doméstica é uma prioridade”, assegurou. “O progresso é visível e reconhecido nos vários relatórios independentes a nível nacional e internacional”, acrescentou, lembrando a campanha lançada pelo executivo nacional por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. “Denunciar, buscar apoio e informação são passos decisivos para alterar metodologias e mentalidades e acabar com o sofrimento e morte de muitas mulheres vítimas de violência pelo simples facto de serem mulheres”, atestou. “As mulheres têm o direito fundamental de viver sem violência”, concluiu.