Edite Estrela, que intervinha no debate sobre violência sexual relacionada com conflitos, no Conselho da Europa, defendeu que esta “é uma das piores atrocidades da guerra” e explicou que a “tortura e a violação estão a ser usadas para quebrar, desmoralizar e destruir indivíduos, lares, famílias e povos”.
“Em muitos países e regiões, as vítimas da violência sexual são estigmatizadas devido a contextos sociais e culturais. Em particular, as mulheres que engravidaram em resultado da violação são mais propensas a sofrer mais traumas e abusos dos seus direitos, uma vez que a criança será considerada como uma filha do inimigo”, alertou a socialista.
Garantindo que “há provas de que os crimes de violação de guerra e outras formas de violência sexual estão a ser cometidos na Ucrânia”, Edite Estrela lembrou que a violência sexual contra mulheres “não acontece apenas em tempo de guerra, acontece em tempo de paz, na rua, no local de trabalho e em casa”.
“Mesmo em países que não estão em guerra, todos os dias temos notícias de mulheres e raparigas que são vítimas de assédio sexual no trabalho, violadas na rua e em casa”, lamentou.
“Nada disto é inevitável. Pode – e deve – ser combatido”, asseverou a deputada do PS, frisando que “esta luta é de todos os defensores dos direitos humanos”.