Economia portuguesa suporta aumento do salário mínimo
“Consideramos que a economia portuguesa suporta claramente esse esforço”, afirmou Carlos César, no Parlamento, lembrando que os “próprios parceiros sociais que entraram em acordo com o Governo no âmbito da concertação social, designadamente as entidades patronais, ao subscreverem esse mesmo acordo, implicitamente, concordaram que ele fazia face àquilo que as empresas necessitavam para satisfazer o aumento do salário mínimo decretado em 2017”.
O presidente da bancada socialista garantiu que o Executivo, até ao final da legislatura, irá “continuamente monitorizar” a evolução do salário mínimo nacional “no âmbito da concertação social e em conjugação com os parceiros que apoiam o Executivo”.
Vincando que o PSD “é contra a subida do salário mínimo”, Carlos César sublinhou que “o PS partilha com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV a convicção de que é necessário que se proceda a um aumento gradual do salário mínimo, de forma a responder a questões de justiça e, por outro lado, a reforçar o combate à pobreza e desigualdades sociais”.
“Entendemos simultaneamente que, através de um conjunto de medidas compensatórias, onde se inseria a proposta do Governo de descida da Taxa Social Única, é igualmente importante reforçar a economia empresarial, nomeadamente das micro, pequenas e médias empresas para fazer face ao acréscimo da despesa salarial resultante do aumento do salário mínimo”, acrescentou.