Até março, a média de crescimento no espaço da OCDE foi de 0,4%, comparativamente aos últimos três meses de 2022. Já em Portugal, a riqueza produzida subiu 1,6%, um valor que fica apenas atrás do anotado pela Polónia, destacando-se num contexto em que a generalidade dos países da OCDE revela crescimentos modestos ou mesmo alguma estagnação.
Nos Estados Unidos, a atividade aumentou 0,3%, menos que os 0,6% verificados no final do ano passado. Na Alemanha, que tinha sofrido um declínio de 0,5% entre outubro e dezembro, o PIB estagnou. Já a França saiu da estagnação do último trimestre de 2022 com um aumento de 0,2% até março.
No conjunto da Zona Euro registou-se uma evolução ligeiramente positiva, passando da estagnação no último trimestre de 2022 para um aumento de 0,1% no primeiro trimestre deste ano.
Otimismo partilhado
As previsões sobre o desempenho da economia portuguesa são partilhadas pelos diversos organismos internacionais, coincidindo numa projeção de crescimento em mais do dobro da Zona Euro e da totalidade da União Europeia.
Neste sentido, realce para as previsões económicas da Primavera, publicadas pela Comissão Europeia a 15 de maio, que apontam a um crescimento do PIB português em 2,4% no presente ano, enquanto o conjunto da UE e a Zona Euro deverão apresentar um crescimento bem mais modesto, de 1% e 1,1%, respetivamente.
Já de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), num relatório sobre Portugal, divulgado a 9 de maio, a previsão de crescimento do PIB português foi revista para 2,6%, face a uma projeção de 1% em abril.
Este otimismo partilhado sobre o crescimento português em 2023, acima dos seus parceiros europeus, aponta também, por outro lado, para que Portugal complete oito anos consecutivos numa dinâmica de convergência com a área do euro, de que o ano de 2020, em que a economia global teve uma forte retração causada pela pandemia, constituiu a exceção que vem confirmar a regra.