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Economia portuguesa com o maior crescimento da UE em 2022

Economia portuguesa com o maior crescimento da UE em 2022

Segundo as novas previsões macroeconómicas da primavera, ontem divulgadas pela Comissão Europeia, a economia portuguesa é a que mais cresce em 2022, “mais do dobro” da média dos 27, e a que regista a inflação mais baixa.

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António Costa

A notícia foi naturalmente recebida com satisfação pelo Governo, com o primeiro-ministro a aludir tratar-se de “boas notícias para Portugal”, alertando, contudo, que a alta de preços “permanece como a principal ameaça” à economia portuguesa.

António Costa falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho Superior de Segurança Interna, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, tendo começado por lembrar que as análises económicas da Comissão Europeia, ao contrário do que sucede com as previsões desta primavera, como referiu, “costumam ser mais conservadoras” do que as do Governo, assumindo o primeiro-ministro tratar-se de “um bom sinal” que vem provar que a economia portuguesa está a “crescer de forma sustentada” e a empurrar o desemprego para baixo.

Com efeito, e segundo estas previsões macroeconómicas, a economia nacional vai crescer em 2022 5,8%, “o crescimento mais expressivo em toda a Europa”, como é referido no relatório, com a inflação a situar-se nos 4,4%, abaixo dos 6,1% da média europeia.

Para o primeiro-ministro apesar deste bom retrato que a Comissão Europeia faz do estado da economia nacional, tal não impede, “antes pelo contrário”, que se “continue a trabalhar para valorizar o emprego e incentivar esta dinâmica de crescimento”, não descurando, contudo, como também assinalou, a inflação, que para António Costa permanece como a “a grande ameaça” que o país tem pela frente.

A estimativa de Bruxelas aponta igualmente para uma melhoria das finanças portuguesas nos próximos dois anos, com o défice a baixar para 1,9% do PIB, em 2022 e 1%, em 2023, assinalando ainda a Comissão Europeia a clara expectativa de que o “levantamento das medidas económicas temporárias de resposta à pandemia” possa contribuir “para a redução do défice”.

Bruxelas destaca ainda o facto de Portugal estar a avançar com medidas adicionais para “mitigar o impacto dos elevados preços da energia em 2022”, incluindo “a combinação de isenções fiscais e de novos subsídios a empresas e famílias”, estando também já incorporadas nesta previsão as despesas financiadas pelo PRR, que “deverão aumentar gradualmente para 1,3% do PIB em 2022 e para 1,6% no ano seguinte”, traçando um quadro no qual 2022 será o ano em que o investimento público “deverá acelerar para mais de 3% do produto e permanecer num nível historicamente alto em 2023”.

Ainda de acordo com as previsões macroeconómicas Comissão Europeia, o rácio da dívida pública em relação ao PIB “desceu para 127% em 2021”, com todos os indicadores a apontarem para uma trajetória de descida constante ao longo dos próximos dois anos, devendo ficar em “119,9% do PIB em 2022 e 115,3% em 2023”, já abaixo do nível pré-pandemia.

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