“O crescimento homólogo de 2,5% compara-se com o primeiro trimestre do ano passado, que foi um ano em que a economia teve um desempenho bastante positivo, e o crescimento em cadeia também é outro indicador de grande confiança na atividade económica do país”, afirmou.
O ministro salientou ainda o aumento de 13,3% das exportações no primeiro trimestre, dados que dão “grandes condições de confiança para o desempenho da economia portuguesa neste ano”. No atual “cenário de grande incerteza a nível internacional, a certeza da resposta da economia portuguesa é reconfortante”, apontou.
O INE destaca que se verificou uma aceleração das exportações de bens e serviços e um abrandamento das importações de bens e serviços, ambas acima do que se tinha verificado no trimestre anterior.
Observando que o país teve, pela “primeira vez nos últimos tempos, uma balança comercial positiva no primeiro trimestre”, António Costa Silva preconizou, a este propósito, que Portugal deve incorporar cada vez “mais conteúdo nacional nas exportações”.
No bom caminho
Perante estes dados, António Costa Silva sublinhou que Portugal “está no bom caminho”, impondo-se “políticas públicas sólidas para consolidar este percurso”, manifestando esperança de que a economia possa crescer acima dos 1,8% previstos pelo Orçamento do Estado para este ano.
“A economia portuguesa tem demonstrado que tem um grau de resiliência grande e é esse entusiasmo que vejo nos múltiplos setores e que pode catapultar-nos para crescimentos acima das expectativas”, disse o governante.
Após o Produto Interno Bruto português ter superado no ano passado, pela primeira vez, os 210 mil milhões de euros, é possível que o país alcance, “dentro de alguns anos, os 250 mil milhões de euros” e que, no fim da década, atinja os 300 mil milhões de euros, vaticinou António Costa Silva.
O ministro referiu também que “o indicador do clima de confiança económico tem aumentado e a confiança dos consumidores também, o que dá condições ao Governo – como o Governo está a fazer –, para utilizar todos os instrumentos possíveis para ajudar as famílias, as empresas e os pensionistas”.
Quebra na inflação
Quanto à inflação, “a estimativa preliminar que o INE aponta é de cerca de 5,7% em abril e, portanto, se isto se confirmar, é o sexto mês consecutivo em que a inflação se está a reduzir. Recordo que, em março, era de 7,4%, portanto temos uma queda apreciável” que é confirmada pela queda dos preços dos bens energéticos e de alguns bens alimentares, afirmou o titular da pasta da Economia, acrescentando acreditar “que isso vai criar condições, também, para o consumo interno se desenvolver”.