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Economia circular e descarbonização são projetos prioritários

Economia circular e descarbonização são projetos prioritários

O Fundo Ambiental vai ter este ano uma dotação orçamental de 158 milhões de euros, um aumento de 2,5% relativamente a 2017, priorizando projetos de apoio à descarbonização da indústria e na área da economia circular.
Economia circular e descarbonização são projetos prioritários

O anúncio foi ontem feito pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, destacando como novidades a instalação de carregadores elétricos nos campos universitários e um projeto em parceria com as juntas de freguesia.

“Nós achamos que as juntas de freguesia têm a escala ideal para fazerem projetos de economia circular, como seja combater o desperdício alimentar, para fomentar mercados locais e para fomentar as oficias de reparação de pequenos eletrodomésticos”, referiu.

Já no domínio da indústria, “uma área que não foi ainda apoiada no ano passado”, Matos Fernandes destacou, na programação do Fundo para este ano, um conjunto de projetos voltados para a descarbonização dos processos industriais, nomeadamente para retirar os plásticos dos processos produtivos.

Também as verbas destinadas à conservação da natureza vão registar “um aumento muito expressivo”, na ordem dos 50%, realçou.

O Fundo Ambiental foi criado em 2016, a partir de quatro fundos geridos pelo Ministério do Ambiente, com o objetivo de apoiar políticas de desenvolvimento sustentável e contribuir para o cumprimento dos compromissos nacionais e internacionais, nomeadamente nos domínios das alterações climáticas, recursos hídricos, resíduos, conservação da natureza e biodiversidade.

Na sua configuração anterior, entre 2011 e 2016, o valor máximo executado dos fundos agora congregados foi de 101 milhões de euros, em 2015, e a taxa de execução mais elevada de 72%, em 2016. Em 2017, o Fundo Ambiental atingiu uma execução de 94%, com a aplicação de 136 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre, aumentando este ano a sua receita de 154 milhões para 158 milhões de euros.

Águas de Portugal recebem primeiros 127 veículos elétricos

Foi precisamente no âmbito do Fundo Ambiental, que o grupo Águas de Portugal recebeu ontem 127 viaturas elétricas destinados aos seus serviços operacionais, numa cerimónia presidida pelo ministro do Ambiente.

Estes 127 veículos são a primeira ‘tranche’ de 327 carros elétricos que o grupo vai comprar até 2020, substituindo 30% da frota operacional até essa data, sendo a sua aquisição acompanhada pela instalação de 137 novos postos de abastecimento, que podem ser universalmente utilizados.

“O que vai fazer com que só com estes carregadores – que obviamente se somam aos carregadores da rede ‘Mobi.e’ – não vai haver nenhum ponto do país a mais de 60 quilómetros de um carregador elétrico”, salientou Matos Fernandes.

O titular da pasta do Ambiente adiantou ainda que em 2018 o Fundo Ambiental vai também apoiar, pela primeira vez, a compra de motas elétricas por particulares, através da atribuição de “um subsídio de 400 euros até ao máximo de 15% do valor da própria mota” às primeiras mil candidaturas.

Em 2017, o Governo apoiou a aquisição de 1.326 carros elétricos através de três programas diferentes: 140 para os sistemas ambientais intermunicipais – de que fazem parte estes entregues às Águas de Portugal -, 210 para os serviços ambientais municipais e 976 de particulares, que foram subsidiados até 2.250 euros, após solicitação dos compradores, apoio este que será mantido.

De acordo com o ministro, o compromisso de Portugal para todo o sector dos transportes é chegar a 2030 com os gases que produzem efeitos de estufa reduzidos em 24%.

Para alcançar esse objetivo, a aposta é “reforçar a oferta de transportes coletivos, substituir os veículos convencionais por veículos elétricos e aumentar a partilha da mobilidade, alterando um conjunto de hábitos que de uma maneira geral os portugueses têm”, sublinhou.