Falando na Ponta do Sol, no âmbito da reunião da Comissão Regional do partido, Sérgio Gonçalves apontou o dedo às atitudes e às declarações que têm sido proferidas pelo presidente do Governo, começando por referir os problemas que se verificam na área da saúde. O líder socialista deu conta do facto de as listas de espera terem duplicado desde que Miguel Albuquerque é presidente do Governo e condenou o facto de o chefe do executivo afirmar que abrir as urgências dos centros de saúde de Santana e do Porto Moniz durante 24 horas por dia é um dispêndio inútil de dinheiro. Lamentou, contudo, que Albuquerque não tenha “qualquer problema em esbanjar 33 milhões de euros por ano em ‘tachos’ e nomeações políticas” e que tenha injetado mais de 240 milhões de euros nas Sociedades de Desenvolvimento desde que é presidente do Governo.
Por outro lado, deixou reparos ao facto de o governante ter dito que os jovens qualificados na Madeira não trabalham por opção, “quando sabemos que, nos últimos 10 anos, a Região perdeu 17 mil pessoas, das quais 13 mil jovens, muitos deles qualificados”.
Sérgio Gonçalves constatou que, em ano de eleições, o Governo Regional e o PSD mantêm a mesma atuação e a mesma estratégia, dando como exemplos a instrumentalização das casas do povo, aquilo que é feito através de algumas instituições particulares de solidariedade social e lembrando o chumbo do Tribunal de Contas às contas da Segurança Social.
“Nada mudou na Madeira. É por isso que nós dizemos que é tempo de mudar”, afirmou, salientando que “os madeirenses confiam cada vez mais no PS e veem o PS como a única alternativa de Governo” para a Região.
O líder dos socialistas deu ainda nota do desgaste da maioria PSD-CDS, comprovado pela última sondagem que foi divulgada, segundo a qual, pela primeira vez, estes dois partidos perdem a maioria absoluta. Sublinhou que o trabalho que o PS tem vindo a desenvolver e as soluções que tem apresentado são um fator de confiança para este período que se aproxima.