É “tempo de agir” para resolver os desafios do país
“É tempo de agir para termos um bom futuro. Agir é mesmo o desígnio, agir a tempo e agir bem. É isso mesmo que devemos dizer ao nosso governo: agir a tempo e agir bem. Para já, para construirmos o tempo novo que a saída da crise nos proporciona”, afirmou Carlos César, numa intervenção por videoconferência no XXII Congresso Nacional da JS.
Na sua intervenção, Carlos César falou dos desafios que se colocam ao país, a par da crise pandémica, a começar pelas causas externas, como os “efeitos mais perversos da globalização, com ascensão dos poderes dos mercados e setores financeiros que corroem e anulam as capacidades dos Estados e dos reguladores públicos”.
E “pediu respostas realizadoras e alternativas”, sob o risco de as forças democráticas poderem vir a ser ultrapassadas por movimentos populistas, que são uma “séria ameaça aos direitos e fundamentos democráticos nas sociedades atuais”, disse Carlos César, numa alusão crítica ao caminho que tem sido prosseguido pelo atual PSD.
“Uma ameaça que, pelos vistos, o PSD não compreendeu quando acolhe e valoriza a extrema-direita portuguesa”, concretizou.
Nesta parte da sua intervenção, o presidente socialista usou o título da moção de estratégia global do único candidato à liderança da JS, Miguel Costa Matos, 26 anos, ‘Tempo de agir’, para dizer que “agir é mesmo o desígnio, agir a tempo e agir bem”.
“Precisamos, no PS e no Governo, da contribuição de todos, muito particularmente das organizações de juventude, e em especial da JS”, afirmou ainda.
Carlos César, que lembrou ter participado no 1º congresso da JS, após o 25 de Abril de 1974, tendo pertencido à organização, recordou o que dizia nessa altura, “há muitos anos”, e que repetiu hoje: “Quanto mais JS tiver o PS, melhor será o PS.”
José Luís Carneiro sublinha importância dos fundos europeus num “ano exigente”
Intervindo também na abertura do congresso dos jovens socialista, o Secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, destacou a importância de a União Europeia ter resolvido o impasse negocial que permitirá fazer chegar os fundos europeus às comunidades locais em 2021, que antecipou como um “ano exigente” pelo combate à Covid-19 e pela “campanha de vacinação”, em que todos devem ajudar para que “decorra com normalidade”.
José Luís Carneiro assinalou a “boa notícia” de os líderes europeus terem desbloqueado, em Bruxelas, o quadro orçamental plurianual até 2027 e o Fundo de Recuperação e Resiliência, o que significa que os “fundos europeus chegarão também às comunidades locais”.
“Isso é relevante”, porque 2021 será um ano de eleições autárquicas, em que o PS quer “continuar a ser o grande partido autárquico”, acrescentou, numa nota que antecipa um dos grandes combates políticos em que os socialistas estarão envolvidos no próximo ano.
José Luís Carneiro sublinhou, ainda, a importância de “envolver os jovens nas eleições”, desde a junta de freguesia às câmaras municipais, prometendo aos jovens socialistas um “reforço de integração” nas listas do partido.
Saudando a eleição de Miguel Costa Matos, o Secretário-geral adjunto do PS deixou ainda uma palavra de elogio ao mandato de Maria Begonha nos últimos dois anos à frente da organização, assim como à estratégia global do novo líder da Juventude Socialista, nomeadamente pela defesa do investimento na escola pública e no Serviço Nacional de Saúde.