Pedro Nuno Santos referia-se à intervenção de Pedro Passos Coelho, que o líder do Chega “não hesitou em elogiar”, na apresentação de um manifesto que se afirmava contra os “adversários da família”, a “ideologia de género” e a sua “doutrinação” pela escola.
“Não há nenhuma doutrinação dos nossos jovens na escola, o que há é o ensino do respeito pelo outro, da tolerância, da liberdade e de cada um fazer as suas escolhas e opções de vida”, contrapôs.
Para Pedro Nuno Santos, “é assustador que um ex-primeiro-ministro tenha alinhado neste discurso, que é um discurso da extrema-direita, que deve ser combatido e vai ser sempre combatido, sem hesitação, pelo PS”.
“Família é aquilo que homens e mulheres adultos desejam que seja. E há muitas formas de família. E essa foi uma grande vitória do nosso país, para cada um viver, em alegria, com quem gosta, com quem quer”, defendeu.
Pedro Nuno Santos disse não acreditar que os jovens portugueses, incluindo os que votaram no Chega, aceitem que se recue na forma como se vê o relacionamento entre as pessoas. “E eu espero ter connosco a juventude portuguesa para nós combatermos o regresso a um passado a que ninguém quer voltar”, completou o líder socialista.