É preciso vencer o bloqueio que tem travado as soluções europeias

“Não avança porque temos forças do passado a argumentar que é melhor proteger os cidadãos por detrás das fronteiras nacionais. Isto é uma completa ilusão. Porque não é hoje possível conseguir proteger os cidadãos com políticas nacionais. É preciso soluções à escala europeia”, sustentou.

É por isso que, observou, temas como as mudanças climáticas, a revolução digital, o comércio internacional ou as migrações não têm respostas concretas: “temos forças conservadoras que resistem a soluções de escala europeia”.

“Mas as forças progressistas têm que vencer este bloqueio”, afirmou, dando o exemplo do problema das migrações, para o qual “é preciso uma verdadeira parceria com África, é preciso ter um sistema de asilo europeu e é preciso estar à altura quando recebemos refugiados e temos que lhes dar proteção”.

Um “enorme bloqueio” que se observa também na reforma da zona euro, notou a parlamentar portuguesa. O Partido Popular Europeu “dá-se por satisfeito no ponto em que nos encontramos, mas de facto não é possível porque a zona euro continua a produzir divergências enquanto não tiver uma capacidade orçamental a funcionar. Forças conservadoras acham que é suficiente ter emprego. Não chega. A qualidade dos empregos tem que contar com o verdadeiro pilar social que garanta um contrato de trabalho e proteção social para todos os cidadãos em toda a Europa”, concretizou