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É preciso mudar a trajetória das políticas seguidas no país

É preciso mudar a trajetória das políticas seguidas no país

O secretário-geral do PS defendeu hoje que a quebra da economia portuguesa no primeiro trimestre deste ano é um sinal ainda mais alarmante e impõe uma mudança de trajetória nas políticas seguidas.

António José Seguro falava no final de uma reunião com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em São Bento, encontro que durou cerca de hora e meia.

O secretário-geral do PS referiu-se aos mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo os quais a economia portuguesa caiu 3,9 por cento no primeiro trimestre deste ano.

“Quase quatro por cento de quebra. Se este não é um sinal ainda mais alarmante em relação à trajetória que está a ser seguida no nosso país, então eu não percebo o que se está a passar”, disse.

De acordo com o líder socialista, “é necessário mudar a trajetória” das políticas seguidas no país.

“Isso significa parar com as políticas de austeridade, renegociar as condições do nosso processo de ajustamento (para que seja credível e realista) e, simultaneamente, que todo o nosso esforço seja colocado para dinamizar a economia, para suster o emprego e criar novas oportunidades no mercado de trabalho”, acrescentou.

António José Seguro afirmou que repetiu as posições do PS perante o primeiro-ministro e defendeu que a procura de consensos em torno de políticas de crescimento deve fazer-se no Parlamento.

O líder socialista frisou que o encontro realizou-se a pedido do Governo e que, pela sua parte, sentiu-se “confortável” em repetir as posições políticas do PS.

“Como estava previsto, tive a oportunidade de dizer ao primeiro-ministro e ao Governo as posições do PS que são conhecidas dos portugueses. Reafirmei essas posições”, disse.

“Saio daqui da mesma forma que entrei, convicto que só através das propostas do PS estamos em condições para sair desta crise e para parar com esta espiral recessiva”.

Neste contexto, Seguro referiu-se às propostas do PS e à metodologia política que entende dever ser seguida na procura de uma estratégia de crescimento para o país.

“O PS considera que é o Parlamento, em especial a Comissão Parlamentar de Economia, o espaço indicado para o Governo apresentar as suas iniciativas. O PS apresenta também as suas iniciativas, são depois discutidas e votadas”.

Seguro referiu que a questão do consenso em torno das propostas apresentadas pelo PS “deve ser colocada ao primeiro-ministro”.

“Repeti as posições do PS: Parar com a austeridade, ter capacidade para renegociar as condições [do processo de ajustamento] com os nossos credores e colocar toda a prioridade no crescimento e no emprego”, sublinhou o líder socialista.