home

“É no Parlamento que cada um vai ser confrontado com as suas próprias responsabilidades”

“É no Parlamento que cada um vai ser confrontado com as suas próprias responsabilidades”

O dirigente socialista, Francisco Assis,  considerou hoje que a chave para evitar uma crise política está no Parlamento e não em Belém, mas referiu que a intervenção “atenta” do Presidente contribuiu para o consenso no último orçamento.

 

Ver vídeo…

A posição de Francisco Assis foi assumida em conferência de imprensa, na sede do PS, depois de interrogado se entendia que o Presidente da República deve atuar rapidamente para evitar uma crise política a partir de um desacordo parlamentar em torno do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
“A saída para esta crise não está seguramente em Belém, está no Parlamento e sobre isso não pode haver dúvida nenhuma. Não faço considerações sobre a atuação do senhor Presidente da República nesta fase da sua vida política”, declarou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.
De acordo com Francisco Assis, “é no Parlamento que está a chave da resolução do problema e não na Presidência da República”.
“É no Parlamento que cada um vai ser confrontado com as suas próprias responsabilidades”, sustentou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.
No entanto, na conferência de imprensa, o líder parlamentar do PS referiu que “no passado”, no processo de negociação do Orçamento do Estado para 2011, “a intervenção atenta, serena e útil do Presidente da República contribuiu para que se alcançasse um consenso”.
“Mas a responsabilidade primeira não cabe ao Presidente da República, mas aos partidos com representação parlamentar”, vincou.
Interrogado sobre as consequências que terá um chumbo da proposta de PEC do Governo, Assis repetiu a tese que tem sido transmitida pelo executivo socialista.
“Caso se verifique que o Governo não tem condições para aplicar as medidas que considera fundamentais para fazer face aos problemas que o país enfrenta, com certeza que o Governo deixará de ter as condições político-parlamentares necessárias para prosseguir em funções”, disse.
No entanto, Francisco Assis recusou-se a esclarecer se o Governo deverá ou não logo na própria quarta-feira apresentar a sua demissão.
“Não vou fazer qualquer consideração, porque cultivo até ao último momento uma esperança de que o princípio da responsabilidade prevaleça sobre a irresponsabilidade”, disse.
Questionado sobre se o PS ainda pondera a apresentação de uma resolução de apoio às medidas do PEC, o presidente das bancada socialista repetiu que “ainda não foi tomada uma decisão final” sobre essa matéria.
“O PS não quer dar nenhum passo que possa ser interpretado pelos adversários políticos como sendo provocatório, em relação ao qual teriam de reagir num sentido tal que precipitaria inevitavelmente uma crise política”, justificou.