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É essencial retomar a atividade com segurança e confiança

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que é importante transmitir uma mensagem de segurança, vencendo o “receio legítimo” de sair à rua e retomar a atividade com segurança. Durante uma deslocação ao Porto, acompanhado pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, o líder do Executivo realizou um percurso no Metro da cidade e visitou alguns espaços de comércio local, ouvindo as dificuldades que os empresários enfrentaram nestes primeiros dias de desconfinamento.

“A mensagem de hoje visava sobretudo dizer às pessoas duas coisas. Primeiro – podem viajar em segurança nos transportes públicos e segundo que podem ir com segurança ao comércio local e que é importante que todos vamos vencendo o receio legítimo que todos temos relativamente à situação que se vive”, salientou António Costa.

“Essa mensagem é importante, de confiança para as pessoas, para quem trabalha nos transportes públicos e para quem é proprietário de lojas ou trabalha nas lojas”, acrescentou, percorrendo as ruas de Fernandes Tomás e de Santa Catarina, onde contactou no terreno com a forma como o comércio tradicional da cidade está a lidar com esta nova fase de abertura.

António Costa, que visitou cerca de uma dezena de lojas, disse que os comerciantes estão a precisar de ânimo, salientando a importância de garantir o cumprimento das normas de segurança e higienização dos espaços para que os consumidores possam “ir ganhando confiança”.

A austeridade não é solução para nenhuma crise

O líder do Governo criticou também a “obsessão” de quem aponta como boa solução para responder à crise provocada pela pandemia o regresso a políticas de austeridade, recordando que, tal como ficou amplamente provado no passado recente, as crises “não se vencem com austeridade”

Colocar austeridade em cima da atual crise pandémica “seria estar a aprofundar a crise”, defendeu, seguro de que “ninguém deve ter saudades ou o desejo do regresso dos cortes de salários e pensões”.

O que é preciso, insistiu António Costa, sobretudo nesta fase em que a economia nacional, em apenas dois meses, deu passos atrás em relação ao caminho que estava a trilhar até ao primeiro trimestre deste ano, “é devolver a confiança” às pessoas, às famílias e às empresas para que a economia possa voltar a estabilizar e as empresas possam recuperar os postos de trabalho que esta crise provocada pela Covid-19 destruiu.

O líder do Executivo fez questão de ilustrar simbolicamente a face atual da crise apontando como exemplo, do muitos que poderia ter referido, a emblemática rua de Santa Catarina, na baixa portuense, uma via, como referiu, normalmente pejada de gente e com um comércio vigoroso e que hoje, como constatou, “está praticamente vazia” com os comerciantes a “pedirem e a precisarem que as pessoas regressem”.

António Costa reafirmou que o desafio para que “tudo volte à normalidade” passa pela “confiança”, garantindo que os estabelecimentos estarão devidamente “equipados com todos os meios de proteção individual” que permitam a segurança de clientes e de funcionários.