Falando no comício socialista em Lisboa, no Pavilhão Carlos Lopes, ao lado do Secretário-geral do partido, o também presidente da FAUL começou por distinguir que a resposta “inclusiva” que a governação do PS foi capaz de dar à crise pandémica que atingiu o país, marca “uma grande diferença face à direita” e oferece aos portugueses a certeza de que podem enfrentar “com confiança” os desafios e as dificuldades que têm ainda pela frente.
“Sabemos o que é preciso para fazer o país crescer, para o preparar para as transições que vivemos, estamos prontos para aplicar as verbas europeias que tanto nos esforçámos por conseguir, para reforçar o investimento, a inovação e as qualificações”, vincou o dirigente socialista.
Sublinhando que o PS já deu provas, nestes seis anos de governação, de que tem “o melhor projeto” para o futuro do país, Duarte Cordeiro defendeu que é possível, como tem sido demonstrado, e desmontando o que nos diz a direita, “crescer e melhorar os rendimentos”, “aumentar as pensões”, “subir o salário médio”, “baixar os impostos às famílias e às empresas”, com “sentido de justiça e com objetivos de desenvolvimento”.
Duarte Cordeiro sublinhou, também, que o PS soube estar “ao lado de todos os portugueses”, em “todos os momentos” da crise social e económica que a pandemia obrigou a enfrentar, o que se deve, em muito, a “um líder” – António Costa – “que os portugueses conhecem e em que podem contar”.
“Não saímos desta crise com as fraturas sociais com que a direita nos deixou na crise anterior (…) saímos desta crise preparados para acelerar, para crescer, sem necessidade de reconstruir o Estado social ou de refazer o tecido económico e produtivo”, reforçou.
Chega está “a radicalizar o PSD”
O dirigente socialista contrapôs, à garantia de confiança que os portugueses podem encontrar no PS, que o PSD se apresenta ao país a querer mitigar as propostas do Chega e a deixar-se “radicalizar” por este partido de extrema-direita.
“De Rui Rio, ouvimos repetidamente dizer que o Chega tem de se moderar, como se fosse possível ignorar as posições xenófobas e antidemocráticas que já ouvimos do líder do Chega. Mas pior mesmo é quanto ouvimos Rui Rio esforçar-se a mitigar a proposta de prisão perpétua de André Ventura, ou até mesmo David Justino, vice-presidente do PSD, a dizer que não traça linhas vermelhas quando negoceia com o Chega. Fica claro que é mesmo o Chega que está a radicalizar o PSD”, afirmou.
Duarte Cordeiro garantiu, pelo contrário, que o PS não normaliza nem modera a extrema-direita, afirmando que, “com António Costa, a extrema-direita não passa”.
Concluindo a sua intervenção, Duarte Cordeiro referiu que esta tem sido uma campanha “intensa”, apelando a “um esforço adicional” para que todos os socialistas passem a mensagem e mobilizem o voto.
“Estamos muito confiantes na vitória, mas, para a alcançar, todos têm de ir votar. Ninguém pode ficar em casa”, advogou.