Presidente do Conselho Europeu afirma que a consolidação orçamental “está no bom caminho”
Em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, defendeu que a consolidação orçamental portuguesa “está no bom caminho” e António Costa voltou a defender a permanência do Reino Unido na UE.
“Nas próximas semanas, a Comissão Europeia recolherá dados mais atualizados sobre a execução orçamental, o que é importante para confirmar que a execução deste ano está a decorrer em linha com o projetado e que, portanto, ainda menos se justifica a aplicação de sanções. Apesar de não se ter alcançado o objetivo [do défice] no ano passado, algo da responsabilidade do anterior governo, Portugal está este ano numa trajetória positiva”, sustentou António Costa, relativamente à trajetória orçamental.
Ainda sobre a execução orçamental deste ano, António Costa defendeu que, tanto os dados da despesa, como os da receita, “confirmam” essa trajetória das finanças públicas portuguesas.
“Espero que isso ajude a confirmar da parte da Comissão Europeia a inoportunidade que seria aplicar sanções”, completou, antes de salientar que o Conselho Europeu só se pronunciará em matéria de sanções após uma proposta da Comissão.
Sobre o referendo do Reino Unido, o primeiro-ministro voltou a defender a permanência na União Europeia e disse-se convicto de que, independentemente do resultado do referendo, se vai manter a relação estreita com Portugal e a Europa.
“Queremos que o Reino Unido fique entre nós. Queremos uma União Europeia com o Reino Unido”, disse.
Já numa resposta aos jornalistas, António Costa afirmou, sobre as exportações, que Portugal tem registado “bons resultados” no que respeita aos mercados da União Europeia, casos da Espanha, França e Reino Unido.
“Mas temos sofrido com situações particulares em alguns mercados importantes para Portugal, como o angolano e o brasileiro. Isto exige um esforço acrescido por parte do Governo e dos empresários para encontrarmos mercados alternativos e prosseguir uma trajetória de aumento das exportações”
“Em conjunto, temos de procurar continuar a aumentar as exportações portuguesas, que é uma componente decisiva para o crescimento do país”.
António Costa defendeu ainda uma “resposta de conjunto para um problema que é do conjunto da União Europeia e não apenas dos Estados-membros mais próximos dos países de origem dos refugiados. Queremos também a criação de um sentimento de confiança por parte dos cidadãos na Europa face aos problemas do terrorismo, às ameaças externas, mas também face aos desafios económicos que temos pela frente”.