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“Domingo é um dia muito importante para a Europa e para Portugal”

“Domingo é um dia muito importante para a Europa e para Portugal”

A defesa dos valores democráticos em Portugal e dos princípios fundadores da União na Europa só estará assegurada com o voto no Partido Socialista este domingo 9 de junho. O apelo renovado é de Pedro Nuno Santos, que ontem, em Aveiro, deixou também a descoberto e em cheque uma governação de direita cada vez mais radicalizada e descomprometida com os reais interesses do país.

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Perante os muitos apoiantes presentes no último comício de campanha para as eleições europeias, o Secretário-Geral do PS garantiu que, “na Europa como em Portugal, os socialistas farão sempre o seu trabalho”.

No arranque de um discurso muito aplaudido, o líder socialista reiterou, desde logo, a certeza de que “não há ninguém que hesite em dizer que o partido que combate mais a extrema-direita é o PS”.

“Derrotar a extrema-direita e derrotar a direita. É assim na Europa e em Portugal”, enfatizou.

Numa intervenção em que sublinhou a importância de construir um grupo socialista forte no Parlamento Europeu, Pedro Nuno Santos teceu também fortes críticas à ação do executivo nacional, acusando a AD de governar sem prazos, metas ou custos.

E voltou a reivindicar que só o voto no PS garante um combate sem tréguas ou hesitações contra os recuos civilizacionais perpetrados pela extrema-direita e que a direita, dita tradicional, encaixa na agenda governativa.

Nesta reta final da campanha eleitoral, o líder socialista fez questão igualmente de destacar as marcas distintivas do PS no exercício da governação, bem nos antípodas, disse, do que tem sido a ação executiva do Governo chefiado por Luís Montenegro.

Num registo de indignação evidente, Pedro Nuno Santos fez notar que “AD pode tudo e a oposição só tem de comer e calar”.

Mas, contrapôs de imediato, “não será assim connosco, porque o PS fará sempre o seu trabalho”.

Ao encerrar o Encontro Europa que decorreu na cidade de Aveiro, o Secretário-Geral evidenciou que “sem prazos de facto não se frustram expectativas, sem métricas não se falham objetivos e sem custos das medidas não se violam metas orçamentais”, contrapondo os elevados níveis de transparência e de exigência com que a anterior governação socialista esteve comprometida.

“Ai de nós, ai de nós se em cada medida que apresentássemos não dissemos qual era o prazo”, disse, insurgindo-se contra o facto de a AD “apresentar planos sem orçamentação estimada, sem métricas para avaliar, sem calendarização definida”.

“Governar assim é fácil”, sentenciou.

Governo em modo de campanha

Ainda na linha de que a “AD pode tudo”, o líder do PS acusou o executivo de estar a combater a oposição e o Governo anterior, fazendo “exonerações dia sim, dia não” e permanecendo em modo campanha.

“Fiz parte de um Governo que tinha um primeiro-ministro que, no que diz respeito a campanhas, era rigorosíssimo com o que fazíamos em período eleitoral”, lembrou.

Mas, em oposição a esta forma de atuar, frisou Pedro Nuno Santos, está o atual governo, que “faz propaganda nas redes sociais, envia cartas aos professores, aos pensionistas e ignora as notificações da Comissão Nacional de Eleições”.

“Marta, o mapa das urgências fechadas deixou de estar disponível para consulta ‘online’ […] É fácil governar assim. A AD pode tudo”, criticou reiteradamente, dirigindo-se à cabeça de lista do PS, que foi ministra da Saúde.

E avisou que o Governo da AD continua a executar uma estratégia já denunciada – “evita o Parlamento e simula o diálogo” – assegurando, contudo, que os socialistas estiveram desde a primeira hora e continuam a estar “disponíveis para ser parte da solução”.

Alívio fiscal do PS abrange três vezes mais portugueses

Ainda no plano interno, especificamente no que diz respeito à política fiscal, o Secretário-Geral do PS deixou claro que o alívio nos impostos proposto pelos socialistas e recentemente aprovado na Assembleia da República irá beneficiar “três vezes mais portugueses” do que a proposta do Governo.

Respondendo à AD e aos comentadores de direita que todos os dias “vão dizendo que a proposta do PS não é dirigida à classe média”, o líder socialista foi perentório: “É falso”.

É uma iniciativa “dirigida a todos”, garantiu, explicando que as reduções da medida do PS “são maiores para quem ganha até 2.800 euros”.

“Eles governam para a minoria, mas chamam-lhe classe média”, atirou, reiterando que o Partido não tem qualquer aliança, diálogo ou negociação com o Chega e que não controla como os outros partidos votam.

“Não nos vão condicionar, não vale a pena. Não vamos parar um minuto. Vamos continuar a fazer o nosso trabalho como deve ser feito”, rematou.

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