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Dois anos deste governo são “um pesadelo”

Dois anos deste governo são “um pesadelo”

O secretário-geral do PS, António José Seguro, classificou esta noite como “um pesadelo” os dois anos de Governo PSD/CDS-PP, acusando o executivo de ter submetido os portugueses a “tantos sacríficos” sem resultados.

“São dois anos de pesadelo, que parecem dois séculos para os portugueses, porque são tantos os sacríficos, o sofrimento e a dor sem que existam resultados por parte do Governo”, disse António José Seguro, em Almodôvar, à margem de um jantar de apresentação do candidato do PS à câmara daquela vila alentejana, nas eleições autárquicas deste ano.

Após dois anos de Governo PSD/CDS-PP, “Portugal continua a ver a sua dívida pública a aumentar, a economia, em vez de crescer, diminui, estamos numa espiral recessiva, e o desemprego, em vez de cair, aumenta, estamos a caminho de um milhão de portugueses desempregados”, declarou o líder do PS.

Ao longo dos últimos dois anos, “o país regrediu, ficou mais pobre, mais para trás” e “há mais portugueses a saírem de Portugal”, disse António José Seguro, na sua intervenção no jantar.

Segundo o líder do PS, desde que o executivo PSD-CDS-PP tomou posse, a 21 de junho de 2011, foram “destruídos” mais de 450 mil empregos e, atualmente, há cerca de um milhão de portugueses desempregados, dos quais 300 mil têm mais de 45 anos, e o desemprego jovem é de 42%.

“Hoje, o emprego cada vez cai mais e o desemprego cada vez aumenta mais e não equilibrámos as nossas contas públicas”, lamentou, referindo que o PS defende o equilíbrio das contas públicas, mas que tal “só pode ser feito se for gerada riqueza e oportunidades de emprego”.

António José Seguro sublinhou que são as empresas que criam empregos e não o Estado e as câmaras municipais, mas estes “devem ajudar a definir políticas públicas amigas da economia e do emprego”.

Trata-se de “uma opção que o atual Governo nunca compreendeu e, por isso, nunca conseguiu equilibrar as contas públicas, pelo contrário, cada vez as metas estão mais longe e criou uma espiral recessiva do ponto de vista económico e um aumento brutal, recorde, dos números do desemprego”, afirmou.

“A opção inteligente, correta, que põe as finanças ao serviço das pessoas e não as pessoas ao serviço das finanças, é aquela que visa equilibrar as contas públicas, apostando na economia e nas empresas, porque são elas que podem preservar e criar postos de trabalho”, defendeu António José Seguro.

O líder do PS disse que o emprego é a “grande prioridade nacional” e defendeu que “o combate ao desemprego deve mobilizar todos os portugueses”.

Neste sentido, António José Seguro lembrou o pacote de 10 medidas que o PS entregou e será votado na quinta-feira no Parlamento para estimular a atividade económica das empresas e o combate ao desemprego.