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Divergências com PSD são “insanáveis, profundas e estruturais”

Divergências com PSD são “insanáveis, profundas e estruturais”

O PS considerou que as suas divergências com o PSD são insanáveis, estruturais e profundas num quadro de “degradação política e económica” e sustentou que a única via possível passa pela realização de eleições antecipadas.

“Em termos institucionais, o diálogo [com a direção do PSD] foi correto e correu bem nesse sentido. As divergências entre PS e PSD são insanáveis, estruturais e profundas”, sustentou Alberto Martins após ter reunido com a direção do PSD.

Segundo o secretário nacional socialista, o PS está “em desacordo com a ditadura da austeridade” posta em prática pelo Governo.

“Entendemos que os problemas do emprego e do crescimento não são resolvidos com esta política, que está a provocar uma grande degradação social e até política. Fizemos sentir ao PSD que devem ser criadas condições para dar voz ao povo pela via de eleições para se pronunciar sobre a atual situação, que se caracteriza por uma extrema degradação de todos os índices, desde emprego, recessão, défice ou dívida. Todas as previsões não foram cumpridas pelo PSD”, criticou.

Segundo Alberto Martins, ao fim de dois anos de Governo liderado por Pedro Passos Coelho, “verifica-se uma incapacidade para resolver os problemas dos portugueses” e ao mesmo tempo “aumentou a situação de dependência” do país, “sem que se vislumbre qualquer possibilidade real de saída da crise”.

“Transmitimos esta posição ao PSD, o PSD é o partido de Governo, é o partido responsável por essa situação. O PS defende uma política de ajustamento do memorando e de reorientação do processo de investimento e de consumo público, porque entende que o contrato social básico que está fundado na Constituição tem a ver com a vida das pessoas, com o rendimento dos cidadãos e com as condições essenciais de educação, saúde ou cultura”, contrapôs.

Alberto Martins fez-se acompanhar, na reunião, pelos dirigentes Jorge Seguro Sanches, Mota Andrade e Sónia Sanfona.