“O dispositivo hoje é um dispositivo mais seguro, que suscita mais confiança, que tem mais meios e que também tem mais competências e mais conhecimento científico agregado ao planeamento e à resposta”, afirmou José Luís Carneiro, na apresentação do DECIR, que decorreu neste município do norte do distrito de Leiria.
O governante salientou que, assim como o dispositivo, “todo o país” está “melhor preparado” para lidar com os incêndios florestais, sem deixar de reconhecer, contudo, que “há sempre aspetos de complexidade que são imprevisíveis”.
“Seria, aliás, irresponsável se pudéssemos dizer que todas as variáveis estavam hoje absolutamente controladas. Não estão. Há variáveis que estão para além do conhecimento que existe, como aliás aconteceu em 2017 [nos incêndios que atingiram o país com violência extrema] e que fez com que, efetivamente, o conhecimento que existia até então não tenha sido suficiente para enfrentar aquela complexidade”, observou.
Neste sentido, referiu, “além do dispositivo que foi apresentado aqui, há um trabalho de antevisão que tem vindo a ser desenvolvido e aperfeiçoado nos últimos cinco anos, por força também dessa experiência triste, lamentável, que nos consternou e que deixou o país de luto”, declarou o ministro, acrescentando que essa memória “convoca-nos para que continuemos, ano após ano, a colocar o máximo das nossas energias na melhoria contínua do nosso sistema de proteção civil e das condições dos agentes que o integram”.
Prevenção e limpeza de terrenos
José Luís Carneiro destacou, no âmbito do DECIR, o reforço de meios humanos e meios materiais, o que se traduziu em mais meios financeiros, frisando, contudo, que este investimento em “nada dispensa, antes supõe e exige um comportamento responsável de todas e todos os cidadãos naquilo que são os seus deveres essenciais”, realçando que “o primeiro dever essencial tem mesmo que ver com as limpezas em torno das habitações”.
“Está amplamente demonstrado que esse esforço de limpeza em torno das habitações é fator de segurança para os bens, para o património das pessoas e, também, das suas próprias vidas”, reforçou.
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais deste ano conta com um aumento de 7% de operacionais, num total de 12.917 elementos preparados para a fase mais crítica de resposta.
